Capítulo 16

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Oiii ♥️ Boa Noite!

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Matteo

- Porra. - grito ao virar a esquina, batendo a mão aberta no volante.

Gabriella estava acompanhada de um outro cara e aquilo me enfureceu. Vê-la sorrindo para ele e indo embora juntos, me dispensando como seu eu não fosse nada para ela, foi fodidamente decepcionante.

O que eu pretendia com esse desaparecimento, de qualquer forma?
Eu precisava me proteger, me libertar. Não deveria esperar que ficasse me aguardando, mas torcia que sim, uma parte minha queria isso pra cacete.

Eu vi a surpresa nos seus olhos quando me viu ali. Eu vi quando interrompeu um passo no meio, afetada e depois brava, transformando tudo em mágoa. Entendo, mas ainda assim.

- Merda. - soco o banco ao meu lado e encosto a cabeça no volante.

A dureza no seu olhar foi pior do que as suas palavras. A indiferença com que disse cada coisa, não se comparava ao abismo que se criou entre a gente naquela hora. Eu a estava perdendo.
Eu a machuquei e nem foi de propósito.
Sei que foi porque sumi por uns dias, ainda mais depois do nosso beijo, depois daquele encontro que me enlouqueceu e tornou as coisas mais complicadas, mas eu tive meus motivos.

Francisco corre até mim, fraco e desesperado. Levanta o punho, tentando me atingir, mas desvio e desfiro um soco perfeito na lateral do seu rosto.

Fácil demais. Sem graça demais.

- Qual é, tio? - sorrio - Isso é o melhor que pode fazer?

O velho grunhe e se indireta, caminha devagar até mim e permito que me acerte. Permito que consiga essa pequena vitória, apenas para motivá-lo, apenas para que essa briga fique mais interessante. Quero tirar aquele mulher da cabeça e talvez, isso ajude. Primitivo, mas funcional.

E como esperado, Francisco fica mais confiante e parte para cima de mim, mas chega, minha vez agora.

Cada maldita movimento que faço, que ergo o braço e o atinjo, lembro da vontade insana de matá-lo que me mantinha acordado toda noite. Toda noite que eu implorava a Deus para por um fim aquela tortura ou para mandar alguém para me salvar.  Toda noite que eu chorava sozinho, solitário e faminto, pedindo aos céus e até mesmo ao diabo, que me livrasse daquele destino.

Eu estava cego.
A escuridão daqueles dias tomou conta de mim e eu não me importava se ele iria sobreviver, toda a raiva que estava presa no meu peito, martelando repetidamente por libertação, achou sua rota direto nos dentes dele.

Empurro seu corpo desacordado e me afasto. Caminho até o tanque, tiro a mangueira de lá e a coloco no chão.  Giro a torneira e enfio minha cabeça embaixo da água.
Nesse momento, isso não me traz lembranças ruins.
Nesse momento, a água me alivia, esfria esse fogo que está me queimando desde que senti os lábios da Gabriella sobre os meus, desde o dia, em que ela mexeu com a minha cabeça, me deixando confuso e irritado.

Acorrento os pés dele novamente e saio do galpão. Essa coisa realmente me deixou melhor, mas ainda assim, preciso ficar longe dela um tempo.

Passei nove dias tentando limpar qualquer vestígio de sentimento que estava se formando. Tentando esquecer o som da sua risada ou do jeito que mexia no cabelo quando ficava envergonhada.
Nove dias frequentando outro bares, me enfiando no meio das pernas de outra mulher, procurando seu gosto em outras bocas, apenas para tirá-la da minha mente, apenas para que tudo fosse simples.
Achei que havia saído desse feitiço, não pensava mais nela com tanta frequência e estava bem para seguir com o plano.
Nada.
Gabriella tinha voltado a ser um nada para mim.
Bom, era nisso que eu acreditava, até vê-la com outro e tudo voltar até mais forte do que antes.

MATTEO  Uma noite * livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora