Capítulo 34

2.2K 254 43
                                    

Gabriella

Esvazio minha mente para qualquer pensamento que possa me deixar em dúvida.

Enquanto subo para o meu quarto, com a mão do Matteo presa a minha, fico corajosa. Eu quero isso, não porque esteja grata pelo o que ele fez em relação ao idiota do Marco ou pela ajuda que ofereceu a minha mãe, mas sim, porque além de ser uma cara legal que se preocupa comigo, o homem tem um jeito enlouquecedor que me põe em chamas. 

Isso, definitivamente não tem a ver com gratidão. 

Fecho a porta ao entrarmos e sinto o descompasso acelerado do meu coração, quando ele segura minha cintura por trás, diminuindo a distância entre nós e pressionando seu corpo contra o meu.

- Tem certeza? - sussurra com a voz grave e me viro devagar. Fico de frente para ele e em resposta a sua pergunta, entrelaço meus dedos na sua nuca e o puxo para um beijo.

Ele grunhe dentro da minha boca e me empurra lentamente até a parede oposta, me prendendo naquele espaço e me deixando sem ar. Sinto um calafrio percorrer toda a minha pele, quando desliza os dedos de uma forma lenta e torturante pela lateral do meu corpo, apertando minha coxa sem delicadeza.

Deus do céu. 

Matteo afasta meu cabelo do ombro e quando seus lábios quentes, e macios cruzam toda a extensão do meu pescoço, inclino meu quadril em sua direção, querendo sentir mais dele. Precisando.

- Paciência, querida. - diz ao sorrir e me encara com aqueles olhos azuis intensos e hipnóticos - Você é tão linda. - profere baixo e sedutoramente, antes da sua boca encontrar a minha novamente.

O beijo que era calmo e lento, se transforma em algo borbulhante e abrasador. Sinto esse desejo aumentar rapidamente e me embriagar com toda essa luxuria avassaladora. 

- Queria isso há tanto tempo. - sua voz embargada pelo desejo, rouca e quase inaudível, só torna maior uma vontade que já era grande - Você é maravilhosa. - comenta ao subir minha camiseta vagarosamente e dispensando meu sutiã no tapete, na sequência.

- Matteo. - gemo seu nome,  perdida em sensações, quando meu mamilo se enrijece com o toque da sua língua, fazendo círculos demorados, enquanto massageia o outro seio, encaixando perfeitamente na sua mão, me instigando e me deixando toda arrepiada.

- Quero tocar em você. - peço e ele ri, aquele riso adorável e encantador. 

E em um retroceder de passo e com um movimento brusco, mas ligeiro, sua camisa vai ao chão e eu arfo com a imagem absurdamente atraente a minha frente, ao observar seu peito nu pela primeira vez. Santo Deus.

Não que eu já tenha imaginado, mas suas roupas nunca esconderam sua definição e agora tenho a certeza, ele é, inegavelmente, o cara mais perfeito que já coloquei meus olhos. 

Quando seus dedos habilmente desabotoam sua calça e ela desaba aos seus pés, minha visão se turva e paro de respirar.  Sua cueca demarca com exatidão seu membro excitado e um formigamento, quase doloroso, se constrói no meio das minhas pernas.

- Cuidado, foguinho. -  avisa sorrindo com a covinha marcando sua bochecha, enquanto se livra do sapato.

- Com o que? - retruco completamente afetada e com os sentidos em alerta. Sua expressão desafiadora, faz com que eu me sinta em uma armadilha, em um jogo perigoso.

- Olhando desse jeito, você vai me deixar mais louco do que já estou. - diz e fico em silêncio, porque além das palavras, esse homem está roubando mais de mim a cada segundo - Venha aqui, Gabriella. - pede e caminho até ele. Nossos olhares não se perdem em nenhum momento e o clima sufocante de excitação e espera, chega ao ápice quando ele gira meu corpo facilmente, me deixando de costas na cama - Você está vestida demais. - comenta sorrindo e tira meu tênis, puxando a minha calça em seguida.

Um rubor ameaça tingir meu rosto, mas quando percebo o fascínio com que seus olhos percorrem cada centímetro meu, com a veneração notória contida neles, me sinto poderosa.

- Meu Deus. - diz e engatinha sobre o colchão, enroscando um dedo na minha calcinha, perto da minha virilha.  Estremeço com esse toque tão próximo e desejado, e em questão de segundos, fico totalmente despida. 

Estico o braço até a gaveta ao meu lado e retiro um preservativo. Ainda não estou pronta para ter bebês.

Lanço a embalagem em sua direção e recebo uma piscadela engraçada. Ele nem se esforça para ser bonito.

 O seu peso sobre mim não é nada comparado a carga elétrica que pulsa e atravessa meu corpo, quando sinto sua ereção roçar na parte interna da minha coxa. Ele abaixa a cabeça e toma a minha boca em um beijo forte e urgente, seu gosto é tão bom. Tão malditamente bom. Minhas mãos se agarram ao seus cabelos, querendo alguma parte dele mais perto e abro as pernas, necessitando dele.

- Isso vai ser duro. - declara e me beija, no mesmo instante em que me penetra com força. - Porra. - geme e sinto quando puxa o ar extasiado e ficamos parados, talvez sentindo o que tanto buscávamos ou talvez tão absortos em nosso próprio prazer, que tão juntos assim, tão íntimos, fez tudo parecer mais certo.

Matteo começa a se movimentar com mais fúria, empurrando com força dentro de mim e fazendo uma pressão alucinadora, cada mais vez fundo, cada vez mais forte. 

- Você é linda pra caralho. -  sussurra e me permito sentir seu afeto. Meu coração se estufa com uma emoção grandiosa, como se não fosse mais possível caber no meu peito. Meu precioso, Matteo.

A velocidade e o ritmo com que ele me invade sem parar e sem hesitar, faz uma leve camada de suor cobrir nossa pele. Sua mão explora a todo tempo as minhas curvas, enquanto a minha se perde em todo o seu peitoral, sentindo as batidas do seu coração na ponta dos meus dedos. 

Seus lábios se voltam novamente para os meus e nossas respirações se misturam em um novo beijo, mais ardente e mais desesperado. 

Ele circula o polegar na minha carne macia, no meu centro sensível e prazeroso. Arqueio o corpo e sinto aquele formigando crescendo, querendo se libertar. E com o barulho dos nossos corpos em atrito, e frenéticos, começo a me direcionar ao limite, me desmanchando com o melhor sexo que já tive na vida.

Após uma última investida, ele suspira alto e me encara sorrindo, e então, desce a cabeça lentamente, me surpreendendo com um beijo carinhoso e com uma noite perfeita.

Não sei dizer em quanto tempo cochilei depois que nos abraçamos e ficamos na quietude da madrugada aproveitando a companhia um do outro, lembro apenas da sua voz me despertando e me enchendo com uma esperança de dias bons no futuro.

- Foguinho, se quiser manter essa amizade, vai ter que ser daquele tipo colorida, porque nem fodendo que vou manter minhas mãos longe de você agora. - seu peito vibra com a risada baixa e me aconchego mais, sentindo o calor gostoso do seu corpo.

- Concordo. - murmuro e sua mão acaricia minhas costas, enquanto fecho meus olhos exausta e adormeço com uma paz que não experimentava há muito tempo.

MATTEO  Uma noite * livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora