Capítulo 63

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Gabriella

— Olá. — comento ao abrir a porta.

Seu corpo está encostado no corrimão, próximo a entrada e na sua mão, uma grande sacola cheirosa. Matteo sempre é bonito, uma beleza tão forte que chama a atenção, com seus olhos claros e o cabelo maior na frente. Mas hoje, o homem se superou, ele está com um boné preto com a aba virada para trás e está parecendo um maldito quarterback, como daqueles livros de badboy. Ainda mais quando sorri. Quando faz isso, o que é praticamente o tempo todo, fica difícil controlar a palpitação absurda no coração. Impossível não se sentir em algum clichê adolescente que a gente odeia, mas ama.

— Senhorita. — responde e sorri — Vim alimentar você. — seus passos até mim são lentos ou está normal. Não sei. Bem provável que seja meu cérebro em slow motion, apenas funcionando com a sua capacidade mínima, tão perdido quanto eu.

— Muito atencioso. — brinco e sorrio de volta. E então, ele se aproxima e fica tão perto, que posso ouvir sua respiração baixa e o cheiro bom do seu perfume. Fecho os olhos por um breve momento, apenas para sentir seus lábios nos meus. Apenas para guardar essa sensação gostosa que aquece meu peito. Um beijo rápido e carinhoso, mas que significa tudo. Aumentando ainda mais esse sentimento novo e forte, como se ainda fosse possível gostar mais dele.

— Foguinho. — cumprimenta.

— Matteo. — retruco divertida.

Entramos juntos e lidero o caminho até a cozinha. Ouço seus passos firmes e me viro, justo quando flagro seus olhos percorrerem minhas pernas nuas, com apenas uma saia cobrindo parte da coxa. O dia está particularmente quente, mas seu olhar aumentou ainda mais a temperatura.

— Você nem disfarça. — comento.

— Não me julgue, foguinho. — seu dedo passa levemente pela barba do queixo e sua íris ganha uma nova cor. Escura e intensa. Uma cor que conheço agora — Você é linda. — diz e apoia a compra no balcão.

— Não estou fazendo nada. — argumento indiferente.

— E nem precisa, querida. — fico parada, enquanto o vejo ficar cada vez mais perto — Sei que se colocar a minha mão sobre o seu coração, ele estará acelerado. — para confirmar, seus dedos deslizam do meu pescoço até acima do volume no meu tórax — Sei disso, porque é exatamente como o meu está também. — respiro fundo, buscando por um ar que parece ter deixado o ambiente. 

Bastou um movimento dele e meus seios ficaram descobertos. A rapidez com que levantou minha regata, levando meu sutiã junto, não impediu a explosão no meio das minhas pernas, quando sua boca encontrou meu mamilo. O calor da sua língua, passeando pela minha carne dura e sensível, misturado a sensação da sua mão massageando fortemente, é demais. Um grito escapa da minha garganta e sinto a vibração da sua risada na minha pele.

Matteo segura meu quadril e me levanta, colocando-me sentada sobre o bancada. Ele ergue seus braços e puxa para cima a sua camiseta, ficando apenas de bermuda e com a barra da cueca a mostra.

Céus. Ele é perfeito.

O contorno da musculatura no seu abdômen, marcando cada pedaço e brilhando com uma linha fina de suor, acho que é a coisa mais sexy que já vi na vida. Querendo sentir mais dele, começo a explorar seu torso com as minhas mãos, andando livremente e sentindo, na ponta dos meus dedos, sua pele estremecer com o meu toque.

— Você é tão lindo. —  sussurro, mas minha voz sai entrecortada, pois ele se ajeita entre as minhas pernas e nossos corpos se encostam. O calor que emane dele queima como gelo, como se apenas um atrito rápido entre nós, causasse essa combustão, uma reação química desconhecida.

— Para combinar com você, meu amor. — diz e sorri. Seu olhar fixo em mim, dizendo coisas como essa, faz meus batimentos enlouquecerem.

Empurro meu quadril na sua direção, querendo sentir sua dureza. Estou pulsando de desejo, com uma saudade sufocante, como se ontem a noite nunca tivesse existido. Como se fosse a primeira vez, como se eu precisasse tanto disso quanto preciso de água para viver. Uma necessidade arrebatadora.

Com uma ousadia que nunca pensei ter, raspo o dedo por sua pele, sentindo cada gominho e deslizando minha mão para dentro do seu tecido apertado. Quando sinto seu membro enrijecido, arfo com a pressão grande que sinto apertar meu sexo. 

— Porra. — ele murmura antes de lançar seu rosto na minha direção e me devorar com a sua boca. Seu gosto mentolado envia uma faisca latejante que atravessa meu corpo e estremece meu corpo. 

Deus do céu.

Abro o botão da sua bermuda, sem afastar esse contato dos nossos lábios e deixo que ela cai sobre seus pés, no mesmo momento em que ele levanta minha saia, arrastando minha calcinha para o lado e me penetrando com seu dedo. A sensação dessa invasão tão gostosa, faz com que eu arqueie as minhas costas e anseie por mais, gemendo tomada por essa vontade necessária.

Empurro sua cueca e aperto sua ereção, e com movimentos lentos, subo e desço a minha mão, enquanto seu ritmo cresce dentro de mim. Sua respiração ofegante só demonstra que está tão afetado quanto eu, tão na beira desse abismo, quanto eu.

— Foguinho. — ele geme meu nome e o som molhado dos seus dedos batendo em mim, tão erótico e tão bom, faz com que eu aumente a velocidade da minha mão.

Perdidos um no outro e no quanto isso parece certo, sinto o desejo se construir, que dobro meus dedos dos pés e mordo seu lábio inferior. Passando minha língua pela sua boca e gemendo sem controle. Matteo segura com força meus cabelos, enquanto continua essa tortura deliciosa quando insere mais um dedo, investindo mais fundo.

— Não para ... — imploro e sua risada tão familiar e especial ecoa por toda parte. 

— Não tenho a menor intenção disso. — comenta baixo e estremece, quando aperto novamente seu membro e passo o polegar úmido pela sua glande — Preciso entrar em você. — diz ao tensionar o corpo.

Antes mesmo de conseguir responder, o barulho da campainha nos desperta, trazendo de volta a realidade. A porcaria de um barulho decepcionante, como nenhum outro.

— Merda. — pulo para o chão e coloco minhas roupas rapidamente — Vieram religar a energia. 




MATTEO  Uma noite * livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora