(Ainda hehehhehe)
POV GIZELLY
O final da festa foi agradável. As meninas ficaram um tempo longe da mesa, - tempo até demais, isso com certeza era coisa da Manoela -, e quando finalmente voltaram, curtimos um pouco mais o show juntas. Fernanda ia e vinha do seu grupo de amigos, até que ela se despediu e foi diretamente para o aeroporto porque tinha que voltar para o Rio de Janeiro ainda naquele dia. Trocamos número de telefone e dissemos que manteríamos contato. Eu não sabia se ela falava realmente sério, mas torci para que sim, tinha gostado muito da companhia dela e não ligaria de manter uma conexão.
Eu e Manu ficamos até o final do evento para acompanhar Rafa, já que ela tinha que fazer divulgação de todas as atrações do festival. Obviamente que ficamos mortas de bêbadas, mas Rafa que estava a melhor das três, nos trouxe com seu motorista, - ela é fina, brother - e depois voltou para a sua casa. Eu e Manu fomos direto para a cama e acordamos no outro dia quase 15h, acabadas de ressaca.
"Não somos mais aquelas velhas raposas," Manu brincou apertando os olhos por conta da dor de cabeça.
Eu fui a primeira a tomar coragem de fazer alguma coisa, então preparei uma comida pra gente que ajudou bastante a nos fazer sentir melhor. O mais humilhante foi que Rafa mandou mensagem 11h da manhã, com a aparência impecável, ao lado de uma Larissa radiante, cantando "bom dia, o dia já amanheceu na fazendinha". Não, eu não achei a coisa mais fofa do mundo. Como se eu precisasse de mais coisas para me encantar nessa mulher.
Depois de comermos, eu e Manu passamos um dia preguiçoso no sofá assistindo séries.
Domingo, Rafaella veio depois do almoço com Larissa e aproveitamos para fazer os bolos tão prometidos que a menina queria. Obviamente que a cozinha ficou uma bagunça sem fim e o bolo deu meio errado, tanto que Rafa teve que ajustar a altura dele com alguns chocolates. Pareceu que ela ficou realmente chateada que o bolo não deu certo, fazendo com que eu, Manu e Larissa passássemos a tarde inteira elogiando o sabor do bolo. Que estava mesmo incrível.
"Tá bom demais, mamãe," disse Larissa que tinha a cara toda suja de chocolate, assim como suas pequenas mãozinhas. O elogio doce trouxe um sorriso automático para o rosto de Rafaella, que alcançou por um lencinho, tentando limpar um pouco da bagunça que estava o rosto da filha.
"A gente come com a boca, Lari, não com o nariz," eu brinquei apontando para o narizinho sujo da menina.
"Você quer um espelho, Titchela?" Manu disse rindo e eu fiquei sem entender.
Rafa também riu, porém pegou outro lenço e se virou em minha direção, fazendo o mesmo com meu rosto que estava fazendo com o de Larissa. Sua mão macia tocou levemente em meu queixo para mantê-lo naquela posição, enquanto a outra limpava a minha bochecha e parte do meu queixo. Eu fiquei como uma estátua até ela terminar. Ter Rafaella tão próxima assim a mim era tentador demais. Os olhos dela de perto pareciam ser ainda mais verdes com leves tons acobreados, assim como seus longos cílios, nariz e boca desenhados pareciam mais perfeitos de perto. E o cheiro dessa mulher? Sangue, fogo e labareda.
"Acho que você também come com o nariz, Gi," falou Larissa, me despertando da minha leve viagem mental.
"Acho que sim, Lari," respondi e Rafaella me olhava com um olhar doce e um sorriso nos lábios. "Obrigada," agradeci a ela, me sentindo sem graça. Nada de novo por aqui.
"A Rafaella tem o poder mágico de mudar a cor do rosto da Gizelly, você viu Lari?" disse Manoela e eu quase quebro meu pescoço, virando meu rosto rapidamente na direção de Manoela para fuzilá-la com os olhos.
Rafa ignorou o comentário de Manu, como ela sempre fazia quando a baixinha insinuava essas coisas. Me perguntei se era porque aquilo a incomodava, mas vi que não era, quando ela sorriu grande pra mim enquanto pegava os pratos da mesa para lavá-los.
"Deixa que eu lavo, Rafa," me ofereci rapidamente, levantando atrás dela.
"Não precisa, eu lavo rapidinho," disse.
"Mas você já fez o bolo e eu..."
"Enquanto vocês discutem igual umas velhas, eu e Lari vamos decidir o filme de hoje. Dá tempo para um filme, né Rafa?" perguntou Manu.
"Por favor, mamãe," pediu a menina piscando aqueles olhos familiares e eu sabia naquele momento, que eu não conseguiria dizer não pra miniatura de Rafaella, nem se eu quisesse.
"Podemos sim, filha," ela respondeu já lavando a louça e eu suspirei vencida.
"Enxugo?" perguntei e ela concordou.
Assistimos Monstros S.A. aquela noite e eu estava adorando maratonar filmes infantis. Eu confesso que amava. Manu não gostou muito que eu passei o filme a comparando com a Boo, mas aquilo fazia Larissa rir, então ela acabava nem ligando tanto pras brincadeiras.
Antes de Rafa e Larissa irem embora, eu chamei Rafa num canto para uma conversa que eu não queria ter, mas que era necessária.
"Eu não tenho a resposta ainda," ela disse rapidamente assim que estávamos a sós no quarto que eu ocupava. Ela parecia afoita e eu falei pra ela relaxar e sentar na minha cama, enquanto eu puxava a minha cadeira para sentrar em frente a ela.
"Eu não quero te pressionar, mas eu já finalizei os documentos e eu só preciso da sua resposta," disse em tom baixo para não sermos ouvidas.
"Eu sei que eu fiz você largar tudo para vir me ajudar e que cada dia que eu demoro a decidir, eu só te prendo aqui, mas é que..."
"Ei..." eu a interrompi, tocando em suas mãos para que ela parasse de mexer com elas em nernosismo. "Não pensa nisso, porque eu não estou. O que você não sabe é que essa viagem foi tanto pra te ajudar quanto pra me ajudar," falei aquilo com sinceridade e ela pareceu se acalmar, agora prestando plenamente atenção no que eu dizia. "Eu estava passando por uns problemas e Manu me convenceu que mudar um pouco de ares podia me fazer bem e ela tinha razão..."
Rafa fechou suas mãos sobre as minhas.
"Eu sei que a gente não se conhece faz muito tempo e mesmo que você tenha esses motivos também, eu sou muito grata pelo o que você fez e está fazendo por mim. Nessa semana, eu ganhei um carinho imenso por você e espero que você me veja como amiga, porque eu lhe vejo assim, Gi," ela falou aquilo com tanto cuidado e carinho em sua voz, que eu tive que me controlar para não deixar lágrimas se formarem em meu rosto. "E eu tô aqui, caso você precise."
Ela finalizou e eu fiquei um tempo calada, sem saber o que dizer. Quando eu consegui me recompor, eu sorri pra ela e agradeci.
"Obrigada por isso. Mais uma vez você falando coisas que nem imaginava que eu precisava ouvir," falei e ela concordou com a cabeça, sem soltar das minhas mãos. "Eu digo o mesmo, Rafa. De verdade. Em nenhum momento eu quero te pressionar a tomar nenhuma decisão. Eu só posso imaginar o quão difícil é isso tudo pra você e todas as coisas que você tem que por na balança para tomar essa decisão. Então te peço que não me ponha nessa balança, não é nenhum sacríficio para mim estar aqui, e se um dia eu precisar voltar, eu prometo que vou conversar com você e a gente vai dar um jeito..."
"Obrigada, Gi. A Manu tem razão quando diz que não tem amiga melhor que você no mundo," aquilo me fez sorrir de verdade. Não importava que atração e encantamento eu tinha por Rafa, eu queria mesmo ajudá-la e ela sem nem mesmo saber, já estava me ajudando também.
Notas da autora:
Como vocês tão, Girafinhas?
Ginandinhas não fiquem triste que ela vai aparecer de novo.
Girafinhas, as coisas vão passar um pouco mais rápido agora. Mas ainda temos um caminho de descobrimento aqui. Drama nos espera.
Obrigada pelo carinho de vocês e até mais!
PEÇO PARA QUE TODOS LEIAM O AVISO ABAIXO:
https://twitter.com/vemproGiRafa/status/1264750989036474378?s=19Não me odeiem, só quero ajudar a Gi. Me ajudem 🥺🥺🥺
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FanfictionGiRafa AU (Universo Alternativo) Sinopse: Rafaella era uma influecer de 25 anos, casada com um cantor sertanejo de sucesso chamado Pedro Neto. Os dois se casaram quando ela tinha 20 anos e juntos tinham uma filha de 3 anos chamada Larissa. Apó...