Destinos Traçados ━━ Neymar Jr.

Vinte

∾

São Paulo - SP, Brasil
uma semana depois

— Humm... — Murmurou Pietra, subindo as mãos até o rosto do melhor amigo e os afastando devagar, encerrando o beijo. — Preto, tenho que entrar. — Sussurrou, mas o jogador a ignorou e a deu alguns selinhos. — Já está ficando tarde e daqui a pouco a minha mãe dá um grito de lá de dentro.

Neymar não deu a mínima atenção ao que a garota falava e desceu os beijos até o pescoço dela, aceitando que Pi não o cederia outro beijo na boca naquele instante. O corpo de Pietra se arrepiou por inteiro e ela voltou a posicionar as mãos na nuca de Júnior, arranhando o local e mordendo o lábio com força para não soltar um gemido com o toque macio dos lábios dele em sua pele.

— Júnior... — Suspirou.

— O que?

— Você tem que parar de me atiçar desse jeito. — Resmungou e Neymar riu baixo, deixando um último beijo, logo se afastando. — Já está tarde, vai pra casa.

— Não quero ir, quero ficar aqui com você. — Fez beicinho.

Ela o deu um beijinho breve.

— E eu adoraria, mas...

— PIETRA! — Ouviram o berro da mãe da garota e riram, olhando para a casa. — Entra, está tarde. Você vai ficar beijando a noite inteira? Vai cair a boca! — Continuou a falar alto e a mais nova bateu a mão na testa, negando com a cabeça.

O garoto, na frente dela, manteve o sorriso divertido no rosto.

— Bem que podíamos ficar a noite inteira beijando. — Comentou.

— Só nos seus sonhos. — Riu Pietra. — Eu já estou indo, mãe! — Disse alto para que Vanessa a escutasse e em seguida voltou a atenção para Júnior. — Você ouviu, não é? Tenho que entrar.

— Já vou indo, então. — Falou. — Quer sair amanhã? Vou estar de folga.

— Quero. — Sorriu. — Para onde vamos?

— Tomar um sorvete, dar uma volta... — Deu de ombros. — Decidimos na hora, sempre dá certo quando fazemos assim. — Completou e Pietra riu baixo, confirmando com a cabeça. — Nos vemos amanhã?

— Sim. — Disse. — Até.

— Até. — Sussurrou, selando seus lábios em mais um beijo. — Boa noite, preta.

— Boa noite, preto. — Falou baixo e deu um último selinho no amigo.

Deu uma corridinha até o portão e o abriu, passando e jogando mais um beijo para Neymar antes de ir na direção da entrada principal da casa e entrar com um sorriso bobo no rosto.

Do lado de fora, Júnior não estava diferente.

Como tempos atrás, se curtiam dando alguns beijinhos aqui e ali, agindo como um casal de namorados em diversas situações e momentos de suas vidas, estando juntos ou em lugares diferentes, mas mesmo assim não faziam ideia de como nomear aquela relação e, mais uma vez, ainda não haviam sentado de frente um para o outro e conversado francamente sobre. Apenas continuavam. E gostavam. Muito.