Setenta e Um

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Neymar Júnior babava na filha mais nova. A recém nascida estava bem aconchegada em seu braços, em um sono tão profundo que o jogador se sentia em paz de assistir. Enquanto observava Dandara, se lembrava de quando também segurou Davi pela primeira vez, e se sentia o homem mais realizado do mundo por ter eles dois. Pietra estava logo ao lado, na cama do quarto da maternidade que disponibilizaram para ela e a bebê, assistindo o namorado e a filha.

— Preto, você sabe alguma coisa da minha mãe? — Perguntou de repente e o camisa 10 levantou a cabeça.

Ele franziu um pouco a testa, tentando se lembrar do que Eva o contou quando ele saiu da sala de parto para avisá-la que Dandara e Pietra estavam bem e a menina havia nascido cheia de saúde.

— Sua avó contou que ela estava na sala de parto. — Disse.

— Ela ainda está lá? — Indagou preocupada. — Já faz um tempo que entramos, fomos ao mesmo tempo para a sala, não está demorando demais? Será que está tudo bem com ela e com o neném? — Se sentou, incomodada.

— Amor, a gravidez dela é mais delicada. — Júnior falou com cuidado. — Não estava no tempo dela ter o bebê, o procedimento deve ser mais demorado mesmo. — Disse e Pietra ficou em silêncio, até começar a descer da cama. — Para onde você pensa que está indo, preta? — O jogador perguntou e também se colocou de pé, parando na frente dela para a impedir de dar mais um passo.

— Tenho que ir ver como a minha mãe está. — Falou.

— Preta, ela está bem.

— Você não sabe, amor. — Retrucou apreensiva. — Vou até lá e vejo se está tudo bem ou não, eu volto rapidinho. Só para eu não ficar preocupada.

— Pietra, você não pode entrar na sala. — Deixou claro. — Não vai adiantar nada você ir até lá, meu amor, e você precisa descansar. A vó Eva me garantiu que traria notícias assim que ela soubesse de alguma novidade, enquanto isso, vamos ficar aqui dentro e você deitada bem aí. — Apontou para a cama.

Pietra suspirou fundo e voltou a se acomodar na maca.

— Eu só queria...

— Eu sei. Tenho certeza que está tudo bem, amor. — Sussurrou, a interrompendo. — Vamos ficar aqui com a nossa filhinha linda, cheirosa, gotosa... — Falou, entregando a bebê para a namorada, que riu e ajeitou a filha nos braços. — Coisinha mais perfeita, não é, preta? Bebês são muito fofos. — Comentou, sentando ao lado da mulher e fazendo carinho na bochecha de Dandara.

— Ai, amor, ela é tão linda. — Murmurou Pi, sorrindo apaixonada. — Olha o tamanho dessas bochechinhas. — Riu.

— Ela vai ser a carinha do papai. — Afirmou.

— Não! Vai ser a carinha da mamãe. — Retrucou.

— Está ótimo também. Uma mãe linda dessas. — Disse, olhando para a mulher e arrancando uma risadinha dela. — Tenho certeza que a Dandara vai ser, na verdade ela já é, a garotinha mais linda desse mundo.

— Nós mandamos muito bem quando fizemos ela. — Sussurrou Pi.

— Nem fale nisso, estou morrendo de saudades de você. — Falou, escondendo o rosto na curva do pescoço dela e deixando alguns beijinhos ali. — Não vejo a hora de poder fazer você gemer o meu nome outra vez. — Completou abafado e a preta suspirou, fechando os olhos ao sentir uma mordidinha.

Destinos Traçados ━━ Neymar Jr.Onde histórias criam vida. Descubra agora