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São Paulo - SP, Brasil
05/02/2022— MAMÃE!
Um resmungo foi solto por Pietra, que ignorou o coro dos filhos e revirou sobre a cama. Esticou um dos braços, passando a mão na parte do lado da cama em busca do corpo do marido, porém encontrando apenas o resto do cobertor, os travesseiros, e o local já frio pela falta de Júnior. Voltou a resmungar e abriu os olhos com preguiça, piscando algumas vezes antes de se acostumar completamente com a claridade e comprovar que o jogador não estava na mesma cama que ela.
Se espreguiçou e virou de barriga para cima, encarando o teto. Apertou os olhos quando escutou a porta do quarto ser aberta com violência, batendo na parede ao se arreganhar.
— Dandara, pelo amor de Deus, filha. Não é assim que entra nos quartos das pessoas. — Murmurou, já sabendo que aquilo havia sido ela.
— MAMÃE! — Gritaram novamente.
Pietra continuou com os olhos fechados e sentiu os filhos pularem sobre ela.
— Bom dia, meus amores. A mamãe já acordou. — Falou.
— Então abre os olhos! — Pediu Dara, fazendo Pi rir e atender ao pedido da filha, abrindo os olhos e encontrando ela e Dominic sobre seu corpo. — Bom dia, mamãe! — Sorriu largamente.
— Dia! — Repetiu Dom, com um sorriso parecido com o da irmã.
— Bom dia, meus pretinhos. — Sorriu Pietra, passando os braços ao redor dos filhos e os abraçando apertado, girando na cama para os derrubar de cima dela e arrancando risadas das crianças. — Amo quando vocês vêm dar esse bom dia animado para a mamãe. — Confessou e os encheu de beijos.
— Eca. Beijo de bafo? — Ouviram e olharam na direção da porta, vendo Davi comendo um pedaço de bolo de fubá.
— Fala como se não adorasse os meu beijinhos também! — Retrucou a mais velha, arrancando uma risada do afilhado.
O menino se aproximou e também subiu na cama, tomando cuidado com o bolo.
— Bom dia, mãe. — Sorriu, dando um estalado beijo na bochecha de Pietra e a arrancando mais um sorrisinho bobo pela forma que passou a ser chamada pelo garoto.
Ainda não tinha se acostumado completamente com Davi a chamando “mãe” para lá e para cá, mas amava. Aquilo passou a acontecer com frequência quando o menino se mudou de vez para Paris, passando a morar com o pai, a madrinha e a irmã. Na primeira vez, Pietra não soube como reagir e chegou a se sentir culpada, porque jamais queria ter passado a impressão de querer tomar aquele espaço de Carol, porém tudo se resolveu com uma conversa com a mãe biológica do menino, que afirmou achar justo Davi a chamar daquela maneira também, até porque Pi era mesmo como uma segunda mãe para ele. Além de madrinha, cuidava do loirinho todos os dias do mesmo modo que cuidava de Dandara.
— Bom dia, meu loirinho. — Retribuiu o beijo.
— Mamãe, hoje é o seu aniversário, não é?! — Perguntou Dandara, passando as mãos pelo rosto e jogando os cachinhos teimosos que caíam sobre seu rosto para trás. — E o do papai também, não é? — Continuou antes de obter uma resposta.
— Isso. Hoje é o aniversário da mamãe e do papai e nós dois estamos completando 30 anos. — Contou.
— Tudo isso? — Dominic olhou assustado para a mãe e os irmãos riram.
— Dom, você está chamando a mamãe e o papai de velhos?! — Pi perguntou indignada e o menino riu, colocando as mãos na boca. — Seu danado! — Disse e o acertou com cócegas, arrancando uma gargalhada dele.
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Destinos Traçados ━━ Neymar Jr.
Fanfiction✿*:・゚ ㅤ No dia 05 de fevereiro de 1992, em uma maternidade aleatória do estado de São Paulo, duas mulheres ouviram o choro estridente de seus bebês assim que nasceram e se sentiram realizadas no mesmo instante, sabendo que nada mais faltava para el...