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São Paulo, Brasil
18/09/2016Neymar Júnior cumprimentou alguns fotógrafos e jornalistas que se encontravam na frente do salão de festas do Instituto, tendo que parar em alguns momentos para responder perguntas referentes ao ouro nas Olimpíadas, a festa que aconteceria aquela noite, a volta para Barcelona e, claro, a sua vida amorosa, porque depois que se resolveu com Pietra e os dois passaram a sair juntos frequentemente, não demorou muito para a internet inteira comentar sobre aquele assunto e criar suposições em torno do relacionamento de ambos. Felizmente, Pietra sabia lidar com toda aquela atenção repentina da melhor forma possível e aqueles assuntos não atormentavam a relação deles.
Na verdade, nada atormentava a relação deles.
Depois de se livrar daquele mar de pessoas e câmeras e microfones, Júnior alcançou o tapete vermelho e parou em outro mar de fotógrafos, olhando para diversas direções e sentindo os flashs fortes em seus olhos, já acostumado com aquilo tudo.
No bolso da calça social, o celular vibrou sem parar e ele ignorou.
Pelo canto do olho viu uma cabeleira loira se aproximar correndo e não se surpreendeu ao sentir os braços do filho ao seu redor. Riu olhando para o loirinho e o pegou no colo sem dificuldade, dando um beijo carinhoso no rosto dele.
— Nada de ficar correndo por aí, hein? — Repreendeu Júnior, olhando para o filho. — Você pode acabar se machucando ou machucando alguém. Anda devagar, está bem? — Falou e Davi concordou com a cabeça. — Dá um sorrisão pra foto. — Fez cócegas no garoto, que soltou uma gargalhada e o fez sorrir largamente.
O jogador voltou a colocar o filho no chão e ele saiu andando calmamente, indo até a avó.
Outra vez o celular vibrou insistentemente no bolso da calça de Júnior e ele enfiou a mão lá, pegando o aparelho. Franziu a testa ao ver o nome de Pietra na tela e começou a se afastar de onde estava, ignorando qualquer pessoa que chamava o seu nome e buscando por um local mais silencioso para atender a ligação da preta. Quando encontrou um canto vazio, se encostou na parede e atendeu a ligação de tentativa número cinco de Pietra, não tendo tempo nem de dizer “Alô” antes de ouvir a voz da mulher do outro lado:
— Amor... — O tom manhoso fez todo o corpo de Júnior quase derreter de tanto amor e um sorriso bobo se abriu em seu rosto. — Vem aqui na cozinha? — Pediu Pi, baixinho.
— O que aconteceu, preta?
— Está dando tudo errado, Júnior. — Falou e o jogador notou a voz embargada. — Por favor, vem aqui.
— Chego aí em um minutinho, tá? — Disse e recebeu um soluço com resposta.
Desligou a ligação e voltou a guardar o celular no bolso, começando a atravessar todo o salão, logo alcançando a área da cozinha. Adentrou sem se importar e encontrou várias pessoas andando de um lado para o outro, garantindo que tudo ficasse no ponto certo e nos devidos lugares, mas não deixou de notar que eles pareciam perdidos enquanto faziam aquilo, e presumiu que aquele tom choroso de Pietra se tratava daquilo.
Passou os olhos por toda a cozinha, porém não viu a preta, então segurou no braço da primeira pessoa que parou na sua frente.
— Boa noite. — Disse para a moça que o encarou com os olhos arregalados. — Cadê a Pietra? — Perguntou e a desconhecida apontou para um canto da cozinha, fazendo os olhos de Júnior irem até lá e encontrar apenas os pés de Pietra aparente. — Obrigado.
Soltou a mulher e caminhou entre aquelas pessoas, até chegar no canto e encontrar Pietra escondida ali.
— Preta, o que está fazendo aí? — Perguntou e ela levantou a cabeça, fazendo um beicinho quando viu que era ele. — Você está quase entrando na parede, Pi, pelo amor de Deus. — Falou e estendeu uma das mãos, a ajudando levantar.
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Destinos Traçados ━━ Neymar Jr.
Fanfiction✿*:・゚ ㅤ No dia 05 de fevereiro de 1992, em uma maternidade aleatória do estado de São Paulo, duas mulheres ouviram o choro estridente de seus bebês assim que nasceram e se sentiram realizadas no mesmo instante, sabendo que nada mais faltava para el...