Destinos Traçados ━━ Neymar Jr.

Vinte e Seis

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A porta do quarto de Neymar foi aberta de maneira repentina e o garoto pulou de susto daquela vez, logo virando o rosto na direção da entrada e vendo uma Pietra séria entrar em seu quarto e fechar a porta atrás dela, olhando para ele e respirando fundo. Júnior levantou as sobrancelhas e ela se aproximou da cama, se sentando na ponta dela e jogando a tupperware sobre ele.

— Te trouxe bolo. — Disse e se deitou, encarando o teto do quarto do jogador e mordendo o lábio.

— Hummm, valeu! — Falou Neymar, abrindo a vasilha e sorrindo ao ver o grande pedaço de bolo, com um garfo de sobremesa no canto. O pegou e deu uma garfada, enchendo a boca. — O que você tem, hein? — Perguntou, estranhando o jeito da amiga.

— Raiva. — Respondeu, olhando para ele. — Você acredita que a minha mãe e o Pablo estão juntos, Júnior?!

— Sério? — Indagou, levantando as sobrancelhas.

— Sério.

— Com todo respeito... Sua mãe é burra?!

— Ah, pelo jeito...! — Jogou os braços para cima, os soltando em seguida e bufando. — Ontem teve um jantar lá em casa e ela convidou ele para dar a notícia para mim e para minha vó. Depois da notícia, eu saí da mesa sem nem terminar de comer, e mais tarde ela foi até o meu quarto e discutimos por conta daquilo. — Suspirou. — Júnior, ela está acreditando fielmente que ele mudou e que não fará nada para magoar ela, mas eu tenho certeza de que ele vai! E eu falei isso, mas ela não me ouviu. — Disse exasperada.

— Esse bolo tá uma delícia. — Elogiou Neymar, com a boca cheia e olhando atento para o alimento.

— Preto. — Choramingou ela.

— Ah, perdão, meu amor. — Pediu rapidamente, deixando o pote de lado e se deitando ao lado dela. — Continua, estou ouvindo.

— Conversei com a minha avó hoje mais cedo sobre isso tudo e ela disse que também não concorda com esse namoro, mas que não podia proibir a minha mãe de nada, porque ela já é adulta e vacinada.

— Isso é verdade. — Concordou Neymar.

— Mas eu sou uma filha ruim por estar me preocupando com ela e com o que esse relacionamento pode fazer com ela? — Choramingou outra vez. — Estava indo tudo tão bem. Ela estava tentando maneirar com a bebida e passando mais tempo em casa, com a gente, e agora ela me inventa isso?!

— Não tem o que fazer, preta. — Sussurrou. — Agora só resta você apoiar ela nessa decisão.

— Apoiar uma coisa que sei que não vai fazer bem para ela? — Perguntou.

— Ela acha que vai e, como a sua avó disse, ela já é adulta e vacinada. — Deu de ombros. — Então deixa ela fazer o que quer da vida amorosa dela.

Pi bufou, voltando a encarar o teto.

— Tomara que eu não tenha dedo podre para homem assim como ela tem. — Murmurou e ouviu a risada de Júnior assim que fechou a boca, chamando a atenção dela para ele mais uma vez.

— É claro que você não tem dedo podre para homem. — Disse e ela levantou uma sobrancelha. — Preta, eu fui o garoto que você mais beijou em toda sua vida. Se isso não é dedo bom e um gosto incrível, eu não sei o que é. — Falou convencido.