Destinos Traçados ━━ Neymar Jr.

Trinta e Três

∾

São Paulo - SP, Brasil
15/09/2011

— Eu tô apaixonado, eu tô contando tudo e não tô nem ligando pro que vão dizer... — Cantarolou Pietra, secando toda a louça que lavou após sujar para preparar o pudim. — Amar não é pecado, e se eu tiver errado, que se dane o mundo, eu só quero você. — Murmurou distraidamente, andando pela cozinha até guardar a última colher. — Eu tô apaixonado, eu tô contando tudo e não tô nem ligando pro que vão dizer...

Continuou a cantar a música de Luan Santana e foi até o forno, abrindo e olhando para dentro com atenção, sorrindo ao ver que estava pronto.

— Ai, que lindo! — Soltou um gritinho.

Para retirar o pudim do forno, usou panos de prato para não queimar as mãos e levou a forma até a pia da cozinha, colocando a bandeja lá com cuidado e dando alguns pulinhos ao ver que ele estava perfeito por cima, não vendo a hora de desenformar e ver como havia ficado ao todo.

Antes que pudesse contemplar mais a sua sobremesa, ouviu batidas na porta e foi até lá.

— Quem foi que deixou o portão aberto, hein? — Falou sozinha, bufando e abrindo a entrada da casa, sorrindo ao encontrar um Neymar Júnior bastante feliz, considerando o sorriso que tomava todo o rosto do jogador. — Ah, oi! — Disse Pi, abrindo mais a porta e o deixando entrar. — Não sabia que você vinha aqui hoje. Por que não avisou? Na verdade, você chegou na hora certa! Eu acabei de tirar um pudim do forno. — Contou animada, sabendo que o melhor amigo amava o doce.

— Preta.

— Sim? — Perguntou, fechando a porta e se virando para ele, só então notando que Júnior segurava uma criança nos braços, todo enrolado em um cobertorzinho azul bebê. — É o seu neném?!

— É o meu neném. — Confirmou sorrindo ainda mais e Pietra sentiu um sorriso igual se abrindo no próprio rosto.

— Ai, Júnior. — Sussurrou, se aproximando mais e olhando para o bebê. — Por que não disse que iria trazer ele aqui? Eu poderia ter ido visitar ele e a Ca quando ela achasse melhor. Bebês não podem sair por aí assim. — Comentou e afastou o cobertor do rosto do menino que tinha apenas alguns dias de vida. — Oi, lindinho da tia. — Falou com Davi.

— A Ca não viu problema em eu trazer ele aqui. — Respondeu Neymar. — Desculpa vir de surpresa.

— Surpresa mais fofa desse mundo! — Riu ela. — Eu vou lavar as mãos e já volto. — Disse e correu até a cozinha outra vez.

Lavou cuidadosamente as mãos e as secou em papéis toalha, voltando para a sala de estar e vendo o melhor amigo ninar o filho em seus braços, sentado no sofá da casa. Pietra se aproximou novamente e sentou ao lado dele, voltando a observar o bebê e o soninho que ele tirava naquele momento.

— Ele não se parece nada com você. — Riu baixinho e Júnior bufou.

— Pois é. — Resmungou. — Veio todo branquelo. — Completou e Pietra riu novamente.

— Isso que dá palmitar por aí. — Brincou.

Estendeu a mão e tocou com cuidado a bochecha de Davi, que se remexeu e resmungou baixinho.