Capítulo 13 - Primeiro Beijo

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Dos campos de Ventosa para o mundo

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Dos campos de Ventosa para o mundo... Afinal, eu nunca havia sonhado que pudesse ir parar num castelo construído dentro de uma montanha, no meio de uma ilha misteriosa. Eu sentia fome, e meus pés doíam de tanto caminhar, o que dificultava um pouco a parte em que eu realmente apreciaria a magnitude da construção em que estávamos.

Parei meu passo por um instante, sentindo a garganta doer. Me virei para trás para pedir um gole de água a Gunnar, mas ele não estava mais lá. Senti meu peito gelar. Gunnar havia se perdido no meio dos corredores escuros?

Virei-me de volta para a frente, para avisar a todos que Gunnar havia desaparecido, mas de repente, a luz da tocha de Água Negra também sumira, e eu estava envolta em escuridão.

— Pessoal? — Eu tateei no escuro, mas ninguém respondeu. — Alguém aí? — Insisti.

Em meu coração escapou outra batida. Eu havia me perdido agora? Em segundos? Caminhei, pelo escuro, tentando encontrar de volta a luz da tocha, mas acabei batendo a cara em uma parede. Senti meu nariz doer, mas engoli o choro.

Prossegui, tateando as paredes de pedra, para usá-las como guia. Eu realmente não podia ver nada. O fato do castelo estar dentro da montanha o tornava uma grande caverna, onde nem sequer um raio de Sol parecia entrar. E eu não conseguia ver onde eu estava, nem para onde eu estaria indo.

— Pessoal! Onde vocês estão? Olááá! Tem alguém aí? — Bradei, sentindo a dor no nariz subir para os olhos, apressando algumas lágrimas. — Pessoal! Olá! — Insisti.

Talvez me ouvissem, e viessem ao meu resgate. Até porque, se não viessem, era possível que eu acabasse morrendo ali, na mais completa escuridão. Senti uma mão prender a minha boca e me arrastar. Esperneei, visto que a pessoa prendera meu braço.

A luz de uma tocha iluminou o corredor, mas o braço me prendeu atrás de uma coluna. Então pude ver as mechas ruivas junto à minha bochecha.

— Fique quieta, temos companhia. — O Ruivo disse, sussurrando, sem me soltar.

A respiração junto a voz dele fez cócegas no meu pescoço, e estranhamente revirou meu estômago, mas eu só conseguia me sentir feliz demais que alguém havia me encontrado. Companhia? Reparei no que ele disse.

Alguém, além de nós, estava na ilha? Minhas costas se tensionarem contra o seu torso desnudo, e eu pude sentir o contorno dos rígidos músculos do seu abdômen. Eu havia reparado no campo, mas o ruivo era muito mais forte do que parecia à primeira vista. E dado sua velocidade em surgir do nada no escuro, provavelmente era um oponente bem difícil de lidar.

— Vou te soltar, mas não faça um pio. — Ele tornou a sussurrar no meu ouvido.

Eu me limitei a concordar com a cabeça, e ele me soltou. O som de muitos passos ecoaram pelo corredor. O ruivo puxou meu braço e me arrastou para a escuridão, fugindo da luz da tocha que nos perseguia. Tropecei algumas vezes sem ver nada, no completo breu. Tudo que eu podia sentir era a mão dele apertando meu braço. Tateei seu braço, e cutuquei seu ombro.

O Martelo das Bruxas - Volume II: As Crônicas dos Guardiões do AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora