Capítulo 82 - A retomada de Antar

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Após alguns dias na estrada, com pausas para os acampamentos, finalmente chegamos na capital de Antar

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Após alguns dias na estrada, com pausas para os acampamentos, finalmente chegamos na capital de Antar. Alguns soldados de Lorde Alegra marcharam conosco desde a fronteira até a cidade, onde do lado de fora um enorme número de tendas se estendia por toda a colina verde, fitando os muros altos da cidade de Passalus.

Nossos cavalos adentraram o acampamento em marcha, sob o olhar curioso dos soldados, que pareciam sujos e cansados. Já deviam ter tentado invadir a cidade algumas vezes, sem sucesso, pois haviam também alguns feridos entre eles.

A figura pomposa de lorde Alegra veio correndo na nossa direção e nos fez parar a marcha. O homem velho e gordo se ajoelhou, e só notei o quanto seus olhos pareciam se afundar na face quando desci do cavalo.

— Majestade, que bom revê-la em boa saúde! — O velho Alegra saudou.

— Onde estão os outros lordes?

Minha pergunta se respondeu assim que notei alguns deles vindo apressados na minha direção e se ajoelhando. Ao menos metade do conselho estava ali, mas muitos lordes menores não estavam. Suspirei.

— Os que não estão aqui, devo assumir que estão do lado de Beladona e Thomas?

— Acho que estão esperando o resultado antes de escolher quem apoiar. São todos cobras, majestade. — Lorde Alegra explicou. Não era como se ele não fosse uma cobra também, mas ao menos estava do meu lado publicamente, o que significava que havia apostado em meu favor.

— Ergam-se, meus lordes. — Ordenei.

Os homens se ergueram, em sua maioria trêmulos, pois não eram lá tão jovens. Ao menos tinham um número considerável de soldados.

— Permitam-me apresentar: este é lorde Felkor do Vale da Lembrança, meu novo marido.

Os homens todos fitaram Issachar, alguns tinham expressões que dificilmente escondiam desdém. Lorde Feyr, um conservador ferrenho, foi o único que ousou erguer a voz:

— Um valês, majestade?

— Um valês, meu lorde. Um valês com soldados valeses. Espero que os tratem com o devido respeito.

Lorde Feyr fechou a cara, mas não ousou me contestar. Ao menos se esforçou para fazer cortesia:

— É um prazer conhecê-lo, lorde Felkor.

Issachar não respondeu. Pareceu pouco interessado em fazer com que os homens gostassem dele. Respirei fundo, tentando não deixar o cansaço da viagem me desencorajar.

— Meus lordes, preciso que me atualizem sobre como estão as coisas.

— Claro, majestade. Venha conosco. — Lorde Pendentle puxou o caminhar até a maior tenda do acampado, dentro da qual havia uma grande mesa de guerra, e na qual o comandante escolhido por eles devia estar alojado.

O Martelo das Bruxas - Volume II: As Crônicas dos Guardiões do AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora