Capítulo 34 - O lugar de Gunnar

41 4 4
                                    

         Quando a noite caiu, ouvi barulho de música e gente, e me surpreendi quando vi que o tal bardo dava uma festa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

         Quando a noite caiu, ouvi barulho de música e gente, e me surpreendi quando vi que o tal bardo dava uma festa. Fui até o quarto de Anna para conferir que ela estava bem, afinal a casa estava cheia de estranhos e de oportunidades para que um deles a atacassem.

         Bati na porta e ela não atendeu. Abri e vi que ela não estava. Caminhei até o quarto vizinho, o qual ela tinha doado para o mago desacordado, e bati. Anna não demorou a abrir, e eu pude ver o mago ainda dormindo atrás dela.

         — O que foi? — Ela perguntou, com uma expressão cansada.

         — Parece que estão dando uma festa. Vim para te proteger. — Expliquei. — É um pouco arriscado.

         — Não se preocupe. Vá para a festa e se divirta. — Anna disse.

         — Tem muitos estranhos aqui, eles poderiam te atacar. — Eu insisti.

         — Como eu disse, não se preocupe. Eu ficarei bem, aqui com Merlin. Se divirta, Gunnar. Você merece. — Ela respondeu. Suspirei cansado, mas não insisti. Ela devia saber o que fazia.

         Dei-lhe as costas e fui para o pátio, para o lugar mais fácil de se conseguir uma cerveja.

         A noite já avançava quando precisei conferir meu caneco para garantir que eu não tinha bebido demais, ao ver Tiazi Mimir caminhar na minha direção. Ela havia removido a armadura, mas ainda andava com a espada na cintura. Parou diante de mim, me fitando. Engasguei, já que da última vez não tínhamos ficado nos melhores termos, e ela deixara claro o quanto me odiava.

         — Bárbaro. — Ela saudou, com os olhos fitos em mim e com o rosto sério.

         — Mimir. — Eu respondi, erguendo meu caneco, e tentando esconder minha confusão.

         — Eu te devo um agradecimento. — Ela disse, com a voz imponente como sempre, enquanto sua expressão deixava claro o esforço que fazia para dizer aquelas palavras.

         — E eu posso saber o que eu fiz para merecer tamanha honra? — Perguntei, mas ela não sorriu.

         — Me surpreende, mas você realmente protegeu a princesa. — Ela explicou. — Eu te agradeço. — Falou, e tão logo já ia se retirar quando a interrompi.

         — Posso te perguntar uma coisa? — Eu iniciei.

          Ela parou o passo, mas não me fitou, como se esperasse apenas um sinal para poder sair da minha presença.

         — Qual é a sua história? Com a Anna, eu digo. — Eu quis saber. Ela me fitou de relance, mas volveu o olhar para o chão.

         — Por que você quer saber? — Ela respondeu com uma pergunta.

O Martelo das Bruxas - Volume II: As Crônicas dos Guardiões do AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora