Capítulo 58 - Depois da Batalha - Parte II

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Três dias haviam se passado desde o acontecimento com as bruxas

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Três dias haviam se passado desde o acontecimento com as bruxas. Na capital de Stoffel só se falava sobre isso, mas também havia murmúrios sobre a bruxa mais perigosa ter escapado.

No caminho de volta para Stoffel, nós havíamos sido saudados por uma comitiva de cavaleiros do rei que nos guiaram para o castelo. Naquele dia Anna havia me apresentado como sua cavaleira junto a Tiazi Mimir, o que me rendeu que as pessoas me saudassem como Dama Myra Petris em todo lugar.

Ainda assim, agora eu me escondia no estábulo, deitada sobre a palha para tirar um cochilo... Ah, eu sentia falta de Antar...

Ouvi o barulho do menino dos estábulos alimentando os cavalos, mas continuei por lá até que ele me notasse:

— Ah, Dama... — Foi o que ele arfou. Eu já havia notado que era uma das únicas palavras que ele sabia em Antariano: "Dama", provavelmente porque alguém lhe ensinara a me saudar.

— Myra... — Ouvi a voz de Alice chamar. Me ergui da palha para vê-la, mas ela se apoiou no estrado de madeira. — Issachar acordou.

Senti um peso enorme deixar meu coração junto com um arfar de surpresa. Acabei sorrindo.

— Entendi... — Murmurei como uma boba.

— Vamos beber? — Alice perguntou.

— No meio do dia?

— Você vai embora logo, não vai? — Alice disse. — Anna falou hoje cedo que concordou em ir embora se o mago curasse Issachar... Aquele mago de merda deve abrir um portal, então a gente vai piscar e vocês já vão ter ido embora.

Eu podia entender bem o que Alice estava dizendo, mas a ideia de que logo eu estaria em Antar me fez sorrir um pouco.

— Vocês vão sair daqui pra ir morrer lá. — Alice continuou.

Fechei a cara, pois havia me esquecido dessa parte também... Talvez acabássemos mesmo sendo mortos junto com Anna.

— Vamos beber. — Eu respondi e a segui para fora do estábulo e Gunnar e Mimir estavam esperando por lá.

Caminhamos em silêncio até que Alice fitou o céu azul e soltou um bocejo antes de murmurar:

— Espero não ter que acabar matando vocês... — Ela disse, como quem falava de algo casual.

— Nos matar? — Mimir perguntou. — Isso se aquele monge não matar você primeiro...

Eu gostava cada vez mais de conviver com Alice e com Mimir. Era a primeira vez na vida que eu me tornava amiga de mulheres guerreiras e nossas conversas eram sempre agitadas assim.

— Nós também vamos voltar pra uma situação bem merda... O império de Antar e o Vale estão cozinhando uma guerra... Se Anna não sobreviver, vocês estão fodidos. — Alice explicou. — Vou matar a todos sem dó.

O Martelo das Bruxas - Volume II: As Crônicas dos Guardiões do AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora