No Volume II desta trama, o grupo de aventureiros finalmente colide. Uma aventura com piratas toma lugar em alto-mar, enquanto, em terra, um conflito se desenvolve, e aumenta a tensão entre as nações vizinhas. Diante da infindável perseguição, esses...
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O pátio plano de concreto se estendia por milhas diante do castelo vermelho e preto, com telhados curvos e belos. No topo da longa escadaria, eu e Calisto observamos a procissão que seguia a liteira de madeira vermelha com belos detalhes em dourado.
Ao lado da liteira vinha o cavalo do quarto príncipe. Mesmo não sendo muito voltado à política, eu sabia o suficiente para sobreviver ao mundo. E o que eu sabia era que de todos os príncipes de Stoffel, aquele era o mais perigoso.
Era de conhecimento geral que o rei Aleydes Agha de Stoffel era dado a ter muitas concubinas e amantes. E que, como fruto de suas escapadas, acabou tendo seis filhos de três mulheres diferentes. Seu primeiro filho, Altan, era um apostador, e considerado por muitos um bandido.
O segundo filho, Priamos, era tão vadio quanto o pai, e tinha ainda mais bastardos que ele. O terceiro, Tangun, em nada servia para melhorar a fama da família, pois vivia bêbado pelas casas de entretenimento da cidadela.
O quinto se chamava Efe, e era um moleque de quinze anos, extremamente medroso. A sexta era uma garota de treze anos, chamada Teia, que tinha se casado aos doze com o príncipe de Elópia.
O único que realmente faria medo a alguém era Yeomna, o quarto filho. Isso porque, Yeomna era tido como a espada e o escudo de Stoffel, e travara tantas batalhas em nome do pai, que conquistara vários territórios vizinhos com seu exército privado, aumentando as riquezas do país.
Ainda assim, todos se focavam no fato de que Yeomna era tão objetivo e fiel, quanto ambicioso e cruel. E mesmo o rei não parecia perdoar a dita ambição e crueldade do filho. Ou era o que as pessoas diziam, uma vez que o rei saltou todos os filhos na linha de sucessão e apontou como príncipe herdeiro o quinto filho, Efe.
Havia uma aposta corrente para contabilizar o tempo que Yeomna demoraria para matar o caçula, e roubar o trono, e talvez por isso o príncipe Efe fosse tão medroso.
Enquanto Aleydes envelhecia pouco a pouco, era uma prioridade que mantivessem boas relações com Long Mu, que lhes fazia frente desde a morte do antigo general. O governo da jovem filha do general fazia Aleydes revirar os olhos, mas dado o poder da nação inimiga, ele deveria ao menos respeitá-la.
Diante da procissão de soldados que seguiam a liteira de Long Mu, até mesmo os príncipes de Stoffel permaneciam quietos, imensos num silêncio solene e tenso.
Quando a procissão parou, Yeomna desceu de seu cavalo e parou diante da liteira. Os carregadores uniformizados de vestes pretas e chapéus de pelo de cavalo, abaixaram um pouco a liteira no chão, e não tardamos a ver a sobre-veste vermelha com fios de ouro, cobrindo o vestido branco e delicado de Mazu, que apareceu com seu esplendor na praça.
Os cabelos negros e longos de Mazu estavam presos por presilhas de ouro e jades coloridas. Seus olhos imponentes e negros em formato de meia-lua, fitaram o alto da escadaria, e ela pousou sua mão sobre a de Yeomna, sem mesmo fitá-lo. Subiu com o queixo erguido pelas escadas do palácio até o rei, e quando parou diante de nós deixou escapar um riso miúdo no rosto pálido.
