Capítulo 52 - O Despertar de Gunnar

34 4 0
                                    

Quando chegamos ao fim do túnel que dava dentro do castelo, o monge Jiang se sentou no  chão e Issachar lhe estendeu o mapa da construção

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quando chegamos ao fim do túnel que dava dentro do castelo, o monge Jiang se sentou no chão e Issachar lhe estendeu o mapa da construção. Eu ainda não tinha entendido bem como o monge nos ofereceria suporte dali, mas talvez ele usasse algum tipo de magia para tal.

Issachar fez sinal com a mão e nos separamos, avançando pelas paredes extremamente altas de pedra e madeira do castelo. O lugar parecia em muito uma versão menor do castelo de Stoffel.

Issachar havia feito com que decorássemos as rotas mais importantes no mapa, para eliminarmos um pouco a desvantagem de não conhecermos o terreno. E assim avançamos em silêncio rumo às celas onde pensamos que a mulher de Dishi e o povo da cidade pudesse estar preso.

Enquanto avançávamos sem nenhum empecilho, eu podia sentir nos meus ossos que algo estava errado. E quando paramos diante da entrada para o salão de celas, foi Mimir quem vocalizou meu sentimento:

— Está fácil demais. Algo não está certo. — Ela sussurrou.

Volvi o olhar para Alice e ela parecia concordar. A oestina fez sinal com a mão para que esperássemos e adentrou sozinha o salão das celas. Encarei Mimir, sentindo todo o meu corpo tenso, e a loira me encarou de volta, franzindo as sobrancelhas.

— Venham aqui... — A voz de Alice disse em alto e bom tom. Tanto eu quanto Mimir hesitamos um instante, mas acabamos entrando.

Alice estava parada no meio do salão arredondado, e mesmo sem dar muitos passos, podíamos ver que as celas estavam completamente vazias, não fosse pela sujeira e por algumas marcas de sangue.

— É por isso que eu disse... Não tem mais ninguém aqui. — Alice murmurou e pude ver seus ombros caírem, quase derrotados.

— Acha que eles foram mortos? — Mimir perguntou.

— É muito difícil manter reféns... Em contra partida, elas são bruxas. Uma pessoa é alimento para o seu poder. — Alice explicou e se virou para nós. — Se elas mataram todos eles, significa que estão transbordando poder e nós estamos fodidos.

— O que vamos fazer agora? — Perguntei. Alice levou a mão ao queixo, parecendo pensar.

— Precisamos fazer com que aquela puta dos portais venha atrás da gente. Como ela é a mais rápida, virá se achar que somos uma ameaça imediata. — Alice explicou.

— E como faremos isso? — Mimir questionou.

Alice fez sinal com a mão e a seguimos pelo caminho que fizemos na ida, exceto uma ou outra curva, que nos levou para o salão luxuoso e amplo da entrada, muito bem decorado com tecidos de veludo e bandeiras, sinais de quando ali viviam nobres do reino.

Alice sacou sua lança e cortou um pedaço da bandeira pendurada. Chutou também uma poltrona e algumas mobílias da entrada.

— Tragam tudo que queima pra esse canto. — Alice disse e na hora já pudemos imaginar o plano dela.

O Martelo das Bruxas - Volume II: As Crônicas dos Guardiões do AlvorecerOnde histórias criam vida. Descubra agora