No Volume II desta trama, o grupo de aventureiros finalmente colide. Uma aventura com piratas toma lugar em alto-mar, enquanto, em terra, um conflito se desenvolve, e aumenta a tensão entre as nações vizinhas. Diante da infindável perseguição, esses...
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Senti meu corpo doer, e suspirei antes de abrir meus olhos. Notei que eu estava em uma tenda, acalentada pela luz do Sol que vinha de fora. Me forcei a me sentar na cama, tentando me lembrar do que acontecera, e por um instante a memória do gigantesco dragão caindo em direção ao navio me encheu de pavor.
Arfei, sentindo meu peito doer. Se eu estava ali era porque estava viva, certo?
— Tudo bem? — A voz masculina questionou.
Ergui meu olhar para ver os iluminados olhos âmbar de Rorik Basten me encarando, enquanto comia algo de uma tigela. Só agora eu notava, mas a magia que emanava do ruivo me era estranhamente familiar.
— O que houve? — Eu perguntei, sentindo minha garganta doer.
— Esperava que você soubesse, porque eu não sei. — Ele respondeu, com um sorriso miúdo.
Pegou uma segunda tigela que estava ao seu lado e se ergueu, a entregando em minha mão. Vi a estranha mistura que eu não fazia ideia do que era, mas me pus a comer, me lembrando de que fazia muito tempo desde que eu comera algo.
A comida fria me desceu estranha pela garganta. A voz do ruivo me atingiu, e o observei sentado de volta na cadeira.
— Água Negra virou um lagarto gigante, queimou o navio de Ossos, e depois voltou a ser homem. E agora estamos de volta à Ilha, esperando você acordar. — Ele disse, e abocanhou mais comida.
Água Negra voltara a ser homem? Fiquei em silêncio, tentando me focar em comer. Mas enquanto eu mastigava, me sentia cada vez mais incomodada pela recém descoberta do sentimento que a magia do ruivo me causava.
— Você e sua irmã... — Eu me vi murmurando, a única coisa que tomava meus pensamentos no momento. — O que vocês são? — Eu perguntei.
Ele amiudou os olhos, enquanto eu mastigava outra bocada.
— Eu devia te perguntar o mesmo... Você é a coisinha linda das mais perigosas que já vi. — Ele disse, e eu acabei abafando um riso quando ele me chamou de "coisinha linda".
— Sua irmã... No bote ela pôde ouvir as ninfas, assim como eu. E no portão de ferro, ela pôde ouvir as palavras, assim como eu. Ela é diferente. — Eu expliquei, mas ele ainda me encarava com tranquilidade.
— Ela sempre foi diferente. — Ele murmurou, como se não levasse a sério minha fala.
— Vocês são do Norte, não? — Eu deduzi, uma vez que seu sotaque já em muito lhe denunciava. Ele fez que sim com a cabeça. — O que fazem aqui?