Acordamos bem cedo, já que o intuito era aproveitarmos o dia, antes que eu metesse o pé pro meu plantão.
Enquanto eu terminava de ajeitar a cama, a Mari foi pro banho e eu logo me adiantei atrás dela. Não sou bobo nem nada, ué.
— O que você tá fazendo aqui, garoto? — disse rindo.
— Tem que aproveitar, já que mais tarde eu não sei qual vai ser, né?
Ela só negou com a cabeça e eu fui tirando a cueca e entrando no box, me juntando a ela.
— Você não perde a oportunidade, né? — riu negando com a cabeça e já veio logo pro meu lado, selando nossos lábios.
Daí pra lá, não teve jeito. Nos amamos no chuveiro, com ela gemendo gostosinho pra mim, do jeito que eu gosto, sempre pedindo por mais e me fazendo ir até a falha. Essa mulher é demais!
Saímos do banho e enquanto ela se vestia, arrumei nosso café e entrei em contanto conta Raquel, mãe do meu filho, avisando que não demoraria para buscá-lo.
Depois de tomar o café e deixar tudo combinado com a Mari, peguei a chave do carro dela, já que ela acha muito perigoso trazer meu filho de moto e saí.
Estava dando seta pra sair no portão da garagem, quando vi uma moto suspeita, pra não dizer conhecida, ao lado de uma padaria que tem em frente a casa. E pra minha (nem tão surpresa) o Zinho estava lá, tomando café, mas olhando diretamente pra casa da Mari. Então, estacionei o carro mais à frente e desci, indo na direção dele, que já estava se encaminhando pro portão da garagem que ainda fechava.
— Qual foi? — dei um grito, chamando a atenção dele. — Tá querendo o que aí?
O cara ficou sem rumo, não soube o que me dizer, olhava pra mim e olhava pro portão que fechava. Foi igual cena de filme, eu me aproximando dele e ele tentando seguir pro portão. Só que não teve jeito, fui mais rápido e já sai agarrando a gola da camisa dele, empurrando-o em um carro que estava estacionado por ali.
— Qual é da tua, Zinho? Tá tramando o quê? Tá querendo tomar um prejuízo, né bandido?
— Tira a mão de mim, porra. Tá achando que eu sou tua mulher. Tira a mão, tira mão. — mediamos forças um com o outro, mas pra mim, não era nada, eu tava seco nele e podia ver a maldade em seu olhar.
— Tira a mão é o caralho! Tu tem 10 segundos pra sumir daqui e nunca mais ficar rondando a casa da minha mulher. Tu me conhece, sabe como é o proceder comigo, então, se adianta, antes que eu perca a razão contigo.
A essa altura, todo mundo que passava já estava olhando pra nós dois. E com toda certeza do mundo, o papo ia chegar rapidinho no patrão, mas como, tenho certeza da minha conduta, errado aqui é esse vacilão. Eu tô tranquilo.
Por incrível que pareça, ele me obedeceu, tá ligado? Mas ainda assim, eu sabia que ele ia querer fazer alguma coisa, eu conheço sede de bandido que não tem o que quer, conheço o olhar e sei bem que enquanto ele não arrumar uma merda com a Mariane, ele não vai sossegar.
Esperei que ele metesse o pé e ainda fiquei mais uns minutos marcando por ali, pra garantir que ele não ia voltar.