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— Desculpa, não consegui me controlar.

— É, tá ligado. Mas precisa se controlar, se não, vai dar merda isso aí.

— Já deu merda, né Zinho? Olha onde você está, olha o que nós acabamos de fazer.

— Roberta, acontece. Eu fui fraco e tu cedeu, vamo fazer o quê agora? Ninguém mandou tu ficar enfiada la em casa, usando calcinha de renda e os caralho, andando pelada, porra. — bronquei e ela riu. — Tô falando sério, porra.

— Eu não sabia que você ia chegar, que ia me ver. A Mari falou que tu não aparecia em casa.

— Mermo assim, ué. A casa é minha, tu acha normal outra mulher que não seja a minha, andando pelada em casa? Viaja não. — neguei com a cabeça e puxei ela pra mim, grudando nossos lábios. — Agora já foi também, amigo. Tu já é minha! Azar o teu...

— Sua? — respondeu manhosa e eu concordei com a cabeça, mordendo seu lábio inferior com leveza e chupando o mesmo.

Daí pra lá, foram as cenas proibidas mais uma vez. Ela sentando pra mim, enquanto gemia meu nome e pedia pra que os tapas fossem mais fortes. Assim que ela gozou, eu fui em seguida e tomamos um banho pra refrescar o corpo.

Deitei de um lado, ela do outro e apagamos, até meu celular começar a tocar: o dever me chamava.

Botei minhas roupas, deixei um qualquer pra ela na mesinha e guiei de volta pra boca. Entreguei a chave pro faixa que tinha me emprestado a moto e eles tudo me olhando torto.

— Qual foi? — bronquei.

— Cara toda amassada, chefe. Perdeu a hora? — um deles gastou.

— Minha vida interessa pra vocês não, porra. Caçar uma mulher, vocês não quer né? — fechei a cara e fui pro quartinho.

Essa mulher é uma feiticeira, tem jeito não. Já escutei muito parceiro falar que trabalhar ali era problema e eu não levei fé, po. Quis pagar pra ver e to aqui agora, cabeça pingando sangue, sem parar de pensar nela e também, sem parar de pensar na Mari.

(...)

Plantão tava uma uva, tinha até pedido o moleque pra trazer umas cracuda pra nós, já que o sábado tava pedindo. Jogamos até sueca no bagulho, porque o movimento tava suave.

Na troca de ronda deles, um apareceu cheio de conversa pro meu lado, entendi nada, eles quase nunca desenrola comigo. Sei lá, parece que tem medo.

— Vi tua dona lá em cima. — soltou.

— Tô ligado. Tá ca minha irmã.

— Ca sua irmã, dando a vida e com os parceiro do mototáxi também, né? — destilou o veneno dele e eu já ceguei.

Vagabundo gosta de botar pilha e como tu já tá todo cheio de neurose, cheio de ideia errada na mente, porque tá vacilando, tu vai no conto do pescador, sem pensar duas vezes. A história já tá criada na sua mente e pronto.

— Coé verdin, vou subir contigo. — botei a peça na cintura e pulei na garupa do menor, que guiou pra ronda dele.

Cheguei no baile e tava lazer mermo, fiz um toque de mão com os parceiro que bati de frente e logo, de longe, já avistei a Mariane, a cara do problema, dançando pra caralho com a Jessica. Nem pensei muito não, já cheguei agarrando no braço dela e puxando de lá.

— Perdeu tua postura foi?

— O que você tá fazendo, César? — ela já estava meio alta, mas tava ciente. — Eu não tô fazendo nada, tô com a Jessica e com o Junior, sem necessidade disso. — ela balançava o braço, tentando se soltar.

Enquanto eu puxava ela pra fora da muvuca, ela dizia algumas coisas que o som não me deixava entender. Assim que saímos do bolo doido, parei com ela perto das motos.

— Bora pra casa!

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