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MARIANE

Sempre consegui tomar decisões com facilidade, mas dessa vez, eu não consigo nem pensar em como achar um caminho que me leve às respostas. Além do meu trabalho, não há mais nada que me prenda aqui, mas também, eu não posso simplesmente deixar as pessoas que mais me ajudaram em toda a vida assim, sem mais nem menos.

Depois da ligação da Sarah, eu fiquei algum tempo encarando o celular, sem saber se essa nossa conversa tinha sido real. Até que despertei dos meus pensamentos e fui arrumar minhas coisas...

Mais tarde, depois de tomar um banho demorado, fazer hidratação nos cabelos e cuidar um pouco de mim, subi pra Jessica.

Chegando lá, dei de cara com o Wallace e logo, meu corpo se arrepiou, pois, provavelmente o falecido também estaria por lá. Cumprimentei e fui à procura da Jessica, quando, no meio do caminho, dei de cara com a peça, que pra minha surpresa, agora andava com o auxílio de uma bengala.

— Separou do viadin do meu irmão, né? — riu debochado. — Não aguentou a pressão...

— Sai da minha frente!

— Pede com educação que eu saio. — me cercou no corredor.

— Sai da minha frente, se não, eu vou gritar.

— Grita, po. Foda-se! Sua sorte é que eu não posso te matar.

As palavras dele me pegaram desprevenida, eu sei que ele me odeia, mas não pensava que era assim.

— Você só mata indefeso. Não tem peito de me matar. — respondi seca. — Agora, sai da minha frente. — tentei dar um passo pra frente.

Mais uma vez fui surpreendida, quando ele, num movimento rápido, segurou no meu cabelo, batendo com a minha cabeça na parede.

Seu rosto estava perto do meu, e eu podia sentir sua respiração ofegante. Fechei os olhos, pedindo a Deus que alguém aparecesse naquele momento, porém ele bateu com a minha cabeça mais uma vez.

— SOCORRO!! — gritei.

— Grita mais, sua vagabunda. Você quem acabou com a minha vida, você que botou aquela piranha dentro da nossa casa. Foi você. — ele repetia várias e várias vezes o "foi você", enquanto batia com a minha cabeça na parede.

— SOCORRO! — eu gritava até minhas cordas vocais falharem, mas ninguém aparecia. — SOCORRO! ME SOLTA! — gritei o mais alto que pude, até que o Wallace apareceu, tirando o Cesar de perto de mim e eu desabei. Não prestei atenção no que rolou dali pra frente.

Mas foi aí, que eu decidi: EU VOU EMBORA!

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