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A semana passou voando, trabalhei maravilhosamente bem, tranquila e ainda tomei uma com o pessoal no shopping.

Passei no posto, comprei umas bobeiras na conveniência, abasteci e guiei pra casa.

Tomei um big de um banho, botei uma lasanha no microondas e fiquei mexendo no celular, vendo twitter de fofoca, Facebook, instagram e não havia nada de interessante, até que apareceu uma notificação pra mim.

📱 (21) 96748 **** 📱

foda ein marlene
tu me dá o teu nmr errado
tal de marlene me responde, marido dela tá achando q ela tá traindo ele
vagbnd n para de me ligar
tu é mt maluca

Eu: HAHAHA mentira? Foi mal
Eu: E tu conseguiu onde?

pedi pro djalminha
mó desenrolo tá
mas n briga c mlk n
passei a semana tda pedindo teu numero
ele só liberou hj

Eu: Ele é foda
Eu: Não vou ficar bolada n

trnql
tem como tu dar um rolê cmg hj?
s maldade
só p tomar uma e conversar
se conhecer

Eu: Só vou porque você não desistiu depois do número errado.
Eu: Que horas e onde?

era um teste, então?
passei né
vamo naquela lanchonete q abriu na praça, já colou?

Eu: Não, mas pode ser.

sei onde tu mora
meia hora te busco aí

FDC

Como já tinha tomado banho, nem me arrumei muito. Botei meu chinelinho, um short mom, um topzinho de alça e separei um cardigan, porque tá quente, mas o tempo pode virar.

Cravado no relógio, a campanhia tocou, fui atender e era ele.

— Achei que tu nunca ia ceder, chata a beça. — veio pra me dar um selinho e eu desviei.

— Ué, tá indo aonde? — dei risada saindo do portão e trancando o mesmo. — Nós não vamos nos conhecer? Então, segura!

— Tá certa, po. Viajei! — ri da cara que ele fez. Tadinho.

Subi na garupa da moto e da minha casa até a lanchonete, não teve um que não virou a cabeça pra nos olhar. Espero que ele não tenha nada mal resolvido nem aqui, nem em lugar nenhum. To fora de problema.

A lanchonete tava lotada, então, fizemos o pedido e fomos pro bar ao lado, que não perdia pro número de pessoas, mas pelo menos tinha uma mesa pra gente sentar.

E foi o que fizemos. Sentamos lá, ele buscou um litrão de Antártica e começamos a conversar.

— Tu não teve filho com o Zinho não? — revirei os olhos.

— Me chamou pra sair pra falar de gente morta? Não acredito. — tomei um gole do meu copo e ele riu.

— Já entendi. Mas fala, tu não é enrolada com ninguém? Tem nada aí pra me atrasar não, né?

— Eu que deveria te perguntar isso. — demos risada.

— Tenho não, po. Sou livre. Quer dizer... — já encarei ele na pausa. — Tenho meu moleque, tem 5 anos já, mas a mãe dele já é casada com outro maluco lá. — assenti um pouco desconfiada... Mas, até que se prove o contrário, vamos levando.

Entramos em vários assuntos, falamos sobre as mais variadas coisas, sobre família, relacionamento, emprego, faculdade, muita coisa mesmo. E to pra falar que eu nem sei porquê ele é envolvido.

Nossos lanches chegaram, comemos e pedimos mais um litrão. Quando dei por mim, já estávamos sentados lado a lado nas cadeiras, ele com a mão por cima do meu ombro e eu com a mão na perna dele. Quem vê assim, somos íntimos...

— Espero que não dê merda, mas teu ex tá vindo ali. — falou próximo ao meu ouvido.

— Já te falei que gente morta não anda, Danilo. E não vai dar merda nenhuma não.

O César passou bem do nosso lado, entrando no bar. Fingiu não ver o Danilo, que segurou o riso e eu nem aí, pra mim, não é ninguém.

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