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Ficamos conversando por mais algum tempo, até que o celular dela tocou e ela teve que sair correndo.

Eu, como já estava de saída, me despedi da minha cunhada e da minha sogra e fui pra casa.

Cheguei e o César estava jogado no sofá, todo lindinho, cheiro de quem acabou de sair do banho, me deu um selinho e me puxou pro seu colo.

— Tô toda suada, amor.

— E quando isso foi problema pra mim? — encheu meu rosto de beijos. — Que embrulho é esse aí? Presente pra mim?

— Não, não. — fez bico. — A Roberta que me deu, em agradecimento.

— Hm. Tá ligado. — voltou a me beijar e me cheirar.

— Por que você tá de plantão no sábado?

— Jessica falou contigo, né? Então, patrão pediu pra eu fortalecer os moleque novo só esse final de semana, tá ligado? Porque é baile, eles ainda tão meio perdido. — concordei com a cabeça e esbocei um "hm". — Mas tu pode ir com ela, preta, caô não.

— Vou mesmo, se não, fico sozinha em casa, né? — sorri amarelo.

— Coé preta, faz assim não. Sabe que é bagulho da firma, domingão nós fica no amor. Vamo até no clube se tu quiser.

— Tá bom. Vamos ver. Agora, me deixa tomar banho? — sorri sugestiva, mas ele nem tchum, só abriu os braços e eu levantei.

Talvez eu esteja neurótica, ou o César está completamente diferente comigo? Ele não é de negar fogo, sempre me procura, ainda mais agora que somos só nós dois em casa, enfim...

Tomei meu banho, lavei a cabeça, botei uma camisola bem curta e desci. Sentei no outro sofá, e ele ficou me olhando por algum tempo.

— O que vamos comer hoje? — perguntei, enquanto fuçava no celular.

— Eu vou comer você, mas a gente pode pedir uma pizza. — dei risada e concordei.

Acabamos namorando ali na sala mesmo, no chão, com o ventilador ligado. O suor escorria por nossos corpos, eu gemia implorando por mais. Porém, ainda não era o nosso sexo, faltava alguma coisa e eu não sabia dizer o que era.

Pedimos uma pizza gigante e comemos quase toda, assistimos a um filme e eu acabei apagando, só acordei de manhã com o despertador que eu havia esquecido de desligar.

(...)

Mais tarde, arrumei minhas coisas e fomos pra minha cunhada. Passamos no mercado pra comprar umas peças de carne e o César mandou entregarem umas cervejas lá.

O churrasco foi muito bom, até banho de chuveirão rolou, o calor tava insuportável. Umas 19h o César se despediu e eu fiquei por lá, já que havia carregado minhas coisas pra me arrumar e ir com minha cunhada.

Todo mundo já estava meio alterado, então, eu fui tomar um banho gelado pra acordar. Botei uma roupa qualquer de ficar em casa e apaguei na sala.

Eu tive um sonho horrível, só conseguia ver o César pelado, transando com uma mulher que eu não conseguia identificar. Eles não me viam, mas eu conseguia ver e ouvir perfeitamente o que eles faziam, sabe?

Ele dizendo que ia terminar o casamento, que eu já não o satisfazia mais, que estava cansado da vida de casado e que nunca tinha tido um sexo tão gostoso na vida.

Acordei suada, com o coração acelerado, vontade de chorar e respiração ofegante. Deus que me livre! Fiz um sinal da cruz e voltei pra varanda, onde o pessoal seguia sem limites.

— Soldada fraca! — falou meu cunhado e nós rimos.

— Ela é a mais nova, tem que dar um desconto. — minha cunhada me defendeu.

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