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Cheguei no hotel, deixei minhas coisas na mesinha e ele estava lá, apreciando a paisagem, enquanto fumava um cigarro. Vestia somente uma bermuda, beirada da cueca aparecendo, costas nuas e as tatuagens que eu amo estavam à mostra.

— Que homem lindo! — o abracei por trás e encostando a boca bem no meio de suas costas.

— Demorou... — apagou o cigarro e virou o corpo pra mim.

Levantei o rosto e passei a encará-lo, ele sorria feito uma criança e eu fazia o mesmo. Nossos lábios se tocaram ali mesmo. O gosto era o de sempre: whisky e cigarro, mas hoje, excepcionalmente tinha alguma coisa diferente.

Ele me despiu, se afastou e ficou observando meu corpo, em cada detalhe, coisa que amava fazer. De início, isso me causava certa estranheza, eu me sentia mal, não sei... Mas hoje eu não ligo, já que ele diz que está memorizando o meu corpo, pro caso de nós não nos vermos outra vez.

Andamos até a cama e ele deitou sob meu corpo, beijou cada centímetro meu, até chegar em minha intimidade e soltar um ar quente, que em contraste com o ar gelado do quarto, me faz arrepiar.

Eu gemia sem medo, como nunca antes e parece que isso o instigava cada vez mais. Já estava completamente molhada, minha respiração era ofegante e eu estava prestes a gozar em sua boca. O que não demorou muito pra acontecer.

Depois disso, invertemos as posições e eu estava por cima agora, encaixando as pernas entre as dele, e me deliciando com seu membro, que pulsava em minha boca. Senti que não demoraria muito para que ele gozasse, então, botei a camisinha e sentei. Abaixei o corpo para que nossos olhos ficassem na mesma direção e nossas bocas estivessem próximas o suficiente para que nós dois gemêssemos juntos, do jeito que sempre fazíamos e amávamos.

Eu rebolava devagar, mas também intercalava com umas sentadas mais rápidas, fazendo com que ele soltasse gemidos mais altos e eu, ficasse com mais tesão.

Nós éramos suor, tesão e amor. Ele apertava forte em minha bunda e eu tinha certeza que ficaria marcada no dia seguinte.

— Eu te amo! — saiu no automático, enquanto em sentava com mais força e notava o quanto ele estava se controlando.

— Eu te amo mais, gostosa. Tu é minha, cachorra! Só minha. — ele dizia ofegante e eu sorria, sugestiva.

Dei alguma sentadas um pouco mais firmes, ele segurou em minhas nádegas até perder a força das mãos e aí, eu percebi que ele havia gozado.

Depois disso, fomos pro nosso sagrado banho, mas como fomos até a falha e não aguentávamos mais nada, ficamos apenas trocando carinhos, brincando e sendo nós dois, na mais pura essência de casal apaixonado.

Ao sairmos do banho, vesti as roupas íntimas e joguei uma blusa dele por cima, saindo do banheiro e indo direto pro telefone, pedir alguma coisa pra comer.

— Por que tu vestiu a roupa? — disse ele assim que entrou no quarto e eu desliguei o telefone.

— Que? — respondi, sem entender.

— Tu... De roupa. Cê nunca veste a roupa, bota um roupão, ou fica só de calcinha. Tá com pressa? Vai embora?

— Você tá é doido. — sorri amarelo, assustada com o tanto que ele percebia os detalhes.

— Até parece. — estalou com a boca. — Só por isso, vou ficar de cueca e bermuda também... — arqueou a sobrancelha e voltou pra porta que dá pra varanda.

— E você, que tá fumando igual a uma chaminé?

— Tô nervoso. — deu de ombros.

— Com o quê?

— Frank quer mudar de esconderijo. Quer ir pro interior e quer que eu vá... — bufou e deu mais um trago. — Não acho que isso seja uma boa ideia, sem contar que não vou conseguir te ver por algum tempo e outra, não vou querer que você vá pra lá, as pessoas podem te seguir, sei lá... Não quero. Isso vai dar merda, eu sei que vai. — falou igual a uma metralhadora e eu não tinha reposta pra isso.

Eu não queria que ele fosse também, mas e se fosse melhor? E se eu cancelasse com a Sarah? E se?

A comida chegou e me tirou dos pensamentos. Levantei da cama, fui até a porta e peguei a bandeja com as nossas coisas.

— Vem comer!

— Vai comendo aí, preta. Tô sem fome... — puxou uma cadeira e sentou um pouco distante.

— E se você não fosse?

— Que? Não tenho essa opção. Eu sou o segurança do cara.

— Mas e se você sumisse e deixasse ele ir só com o outro segurança? — bebi um gole do meu suco de laranja.

— Impossível, Mari. O comando vem atrás de mim, o comando está em todos os lugares, eu jurei bandeira, eu entreguei minha vida. Não dá, não posso. Posso até fugir do Frank, mas do comando? Nunca.

Ficamos conversando sobre possibilidades por algum tempo. Eu dando possíveis soluções e ele me cortando, até que ele foi comer e eu mandei a localização pra Sarah.

Cerca de 30 minutos depois, estávamos sentados ainda próximos a mesinha, falando sobre o Victor, como ele tá na escola, no futebol, contei que tenho ido buscá-lo nas aulas de inglês. Quando a campainha do quarto tocou.

— Pediu mais alguma coisa? — perguntou com a sobrancelha arqueada, já pegando a arma que estava próxima a minha bolsa.

— Não. — respondi quase inaudível.

— Fica atrás de mim. — engatilhou. — Anda, Mariane. Fica atrás de mim! — a campainha tocou mais uma vez.

— Não precisa disso, Danilo. Deixa que eu abro... — ele sequer me deixou terminar de falar e já meteu a mão na maçaneta da porta, abrindo-a.

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