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Atendi a ligação e Sarah logo me perguntou como eu estava e, se tinha notícias do Danilo. Comentei sobre o nosso último encontro, fui sincera sobre a reação dele e, como já era esperado, ela chorou.

📲 LIGAÇÃO

"Eu estive pensando..." — ela disse depois de se acalmar. — "Eu preciso vê-lo, preciso conversar com ele. Será que você poderia armar encontro pra nós?"

"Eu posso tentar."

"Mas, eu não queria que ele soubesse... Tenho medo de que não aceite, que fuja e que eu não consiga mais contato algum com ele. Podemos fazer isso em segredo, Mari?"

"É..." — eu disse, um pouco receosa. — "Acredito que sim."

"Serei eternamente grata por isso. Você não sabe como está o meu coração de mãe."

"Não precisa agradecer."

"Venha nos ver também, tá? Adoramos conhecê-la e você é a chance de proximidade que temos com o Danilinho." — sorri ao ouvir a última parte.

"Pode deixar. Marcaremos. Um beijo, fiquem com Deus."

"Mais uma vez, obrigada. E fique com Ele também."

FIM DA LIGAÇÃO 📱

Assim que a Sarah desligou, fiquei um tempo pensando em nossa conversa. Eu não tenho noção de como farei pra esse encontro acontecer. Vou marcar com eles no motel? Só encontro com o Danilo assim.

Eu não sei onde ele tem ficado, não faço ideia de como fazer.

Fiz minhas orações, desliguei todas as luzes do quarto. Bloqueei o telefone e apaguei.

No dia seguinte, acordei atrasada e nem me deu tempo de tomar café. Cheguei no banco e resolvi um milhão de pepinos, tantas coisas aconteceram que eu nem vi a hora passar.

Ao fim do dia, fui com umas colegas tomar uma cerveja num barzinho novo que abriu perto da agência. Estava super distraída, olhando pra rua, quando vi uma mulher que aparentava ter a minha idade, vestia roupas sujas, tinha um cachimbo em mãos e uma barriga sobressaia ali, de longe, me pareceu gravidez.

Ela vinha pedindo dinheiro a todos que passavam por ela, e os que não lhe davam nada, erram atacados de forma verbal. Continuei olhando, enquanto ela se aproximava, eu precisava ter certeza.

Ela atravessou a rua no meio dos carros, até que um deles, a atropelou.

— CARALHO! — gritei no susto e no automático, depois do barulho da batida e do freio do carro.

Imediatamente, levantei e fui em direção ao acidente. Era ela. Era a Roberta.

— Esses cracudos são foda. Ainda me deu prejuízo. — o rapaz saiu do carro, limpando o pára-choque de seu carro. — Quem é que vai pagar isso? É ela? Não vai ser. Ainda tá grávida, essa merda.

— Cala a boca! — eu disse a ele, enquanto digitava o número do samu.

— Leva pra casa. Pra te roubar... — ele disse pra mim e as lembranças invadiram a minha mente.

Falei com o rapaz do SAMU e saí de lá, correndo pro banheiro do bar. Não consegui fazer mais nada além de vomitar e chorar.

Depois de um tempo, voltei pra onde o pessoal estava. A rua estava lotada, um verdadeiro caos.

— O que foi isso, Mari? — um deles me perguntou. — Achamos que você ia brigar com o cara.

— Você conhece ela? Ou ele? — uma outra me questionou.

— Não, gente. Eu só fico nervosa em situações assim... — menti.

Tentei disfarçar ao máximo, mas estava completamente desconfortável com a situação. Então, assim que o SAMU a tirou de lá, marquei alguns minutos e me despedi.

Paguei minha parte, peguei as chaves do carro e fui andando rápido até o estacionamento. Ao entrar no meu carro e botar a chave na ignição, encostei a testa no volante e fiquei pensando por alguns minutos, até decidir o que faria.

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AGORA É COM VOCÊS!
(comentem na opção que vocês querem)

A MARI VAI ATRÁS DA ROBERTA NO HOSPITAL PARA AJUDÁ-LA?

AVISA À FAMÍLIA DA ROBERTA E SE DISPÕE A AJUDÁ-LOS?

VAI PRA CASA E SEGUE SUA VIDA NORMAL? ELA NÃO TEM NADA A VER COM A ROBERTA.

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