MARIANE
O movimento aqui no restaurante só cresce, e nos agradecemos por isso. Minha sogra já fica cheia de ideia pra aumentar espaço, procurar outro lugar mais acessível e nós vamos na dela.
Eu tava distraída, quando ouvi a voz do César vindo pela parte de trás do restaurante.
— Ué? Entrou por trás por quê? — me deu um selinho por cima do balcão.
— Tomei um banho aqui na velha. Calor do caralho. — olhei pra ele sem entender, enquanto ele seguiu pra arrumar a comida.
Um pouco mais tarde, depois de fechar tudo e limpar com a minha sogra, fui pra casa e assim que pus os pés dentro da sala, o César me ligou.
📱 Dengo 📱
— Tá em casa já?
— Acabei de chegar.
— Já é. Roberta tá aí?
— Acho que não, ela mandou mensagem falando que ia ver a casa pra ela.
— Já é. To chegando.FDL
Fui direto pra cozinha, tirei uma peça de carne do congelador e subi pro meu quarto. Separei meu pijama e fui pro banheiro. Pouco tempo depois, o César chegou invadindo, fizemos um amor gostoso no chuveiro, afinal, o calor pediu.
— Meu sonho botar uma banheira nessa porra, pra nós fazer amor igual esses casal de novela. — estava em pé atrás de mim, penteando meu cabelo pós banho.
— Nosso próximo passo. — ele concordou a cabeça. — Aí amor. — dei uma reclamada, pois ele passou o pente em uma parte meio embaraçada.
— Foi mal, preta. — me virou pra ele e me deu um selinho.
Depois que terminei de desembaraçar o cabelo, fomos pra sala, e enquanto ele jogava FIFA, fui pra cozinha. Como não era longe, ficamos conversando, sobre os mais variados assuntos, até que eu lembrei de mais cedo.
— Amor, tu tomou banho na sua mãe cedo por quê? Tava sem água aqui? — ele emudeceu.
— Não, po. Roberta tava aqui, né? Aí preferi tomar lá, sei qual é de nada... — respondeu depois de um tempo.
— Mas aqui é a sua casa, ué. Você não tem que ficar se limitando de nada não. Tá te incomodando?
Assim que terminei a frase, ouvi o barulho da porta em seguida, a Roberta nos deu boa noite.
— Oi amiga. — sentou na cadeira da cozinha. — Acho que consigo a casa pro meio da próxima semana.
— Que bom, amiga. O que falta la?
— Pouca coisa, só a pintura e as janelas, que o pessoal que morava antes destruiu tudo, tem que ver, ficou um lixo.
— Tem gente que não tem cuidado com nada mesmo. Mas e as coisas de casa? Tu tem dinheiro pra comprar?
— Tenho sim, amiga. To com uma grana guardada e o que eu não puder pagar, nem minha mãe ajudar, vou pegar de segunda mão mesmo.
— Entendi.
— Precisa de ajuda? — disse lavando as mãos na pia. — Trouxe uma coca e um saco de batata pra fritar pra gente.
— Ótimo. Então, bota o óleo pra esquentar aí.
Depois que terminamos a janta e fomos pra sala comer, percebi o César muito quieto, estranho, super distante e logo me preocupei.
Eu não podia negar ajudar pra ela. E ele sabe bem disso, já que quando eu mais precisei, só tinham os dois comigo.