SEIS MESES DEPOIS
A maior e mais difícil mudança pra mim, não foi a mudança de país e sim a mudança de quem eu era, pra quem eu sou. A adaptação aqui tem sido boa, mas confesso que morro de saudade da vida agitada e da corrida contra o tempo que eu fazia todos os dias. Aqui, é tudo muito fácil...
Na semana em que cheguei, não passei um dia sem chorar e às vezes, de madrugada, enquanto o Alexandre dormia, eu sentia vontade de voltar pro Brasil só com a roupa do corpo, mas logo depois, me acalmava e enumerava mentalmente os motivos que me fizeram vir pra cá.
Falando em dormir, eu nunca tinha visto esse homem dormir de forma tão tranquila e relaxada, nem sabia que era possível que ele conseguisse isso, afinal, sempre viveu tensão à flor da pele.
Nessa mesma semana, a Sarah me levou pra conhecer o trabalho novo, onde comecei uns 15 dias depois de estar aqui. Apesar da diferença de costumes, de moedas, enfim... Graças a Deus, tudo está sendo tranquilo.
Aos poucos, fui me acostumando e entendendo a minha nova realidade. Hoje, eu posso dizer que me sinto completa. Completa e madura a ponto de conseguir pensar em ter filhos, em construir uma família e viver até a envelhecer ao lado do homem que eu amo.
Os pais do Alexandre, mudaram da água pro vinho, sabe? Todas as mágoas que eu tinha em relação a eles, foram superadas, apesar de não apagadas. Eles tem sido como pais pra mim e a nossa relação tem se fortalecido ainda mais, inclusive, eles nos deram uma casa como presente de casamento.
As terras deles aqui, são imensas. Então, eles começaram a construir pra nós, e em breve, sairemos do mesmo lugar que eles e voltaremos a viver como nos velhos tempos.
E nessa história louca, eu chego a conclusão de que tomei a decisão correta ao vir pra perto de quem eh amo. E passei a amar ainda mais, quando deixei o meu orgulho de lado, pra entender que nem tudo é sobre mim.
— Boa noite. — senti sua presença atrás de mim e em seguida, ele me deu um beijo no ombro, subindo com mais alguns pelo pescoço.
— Aí, que susto. — me encolhi quando senti o corpo arrepiar e afastei o notebook com a mão, me virando pra ele em seguida.
— Você concentrada me deixa com um tesão além do normal... — riu e me puxou pra um abraço.
— Respeita meu horários de estudos, garoto.
— Respeito sim, po. — desceu com uma das mãos pra minha bunda, apertando-a com certa força. — Mas vou te deixar pensando em mim, até a hora de dormir... — e com a outra mão, segurou na minha, encaminhando a mesma até sua bermuda, na altura do seu membro, que já estava rígido.
— Não faz... — disse quase inadiável.
— Já fiz. — mordeu meu lábio inferior e soltou. — Até daqui a pouco. — piscou e saiu do escritório.