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E como já era de se esperar, o evento foi um sucesso. Fomos até as 4h da manhã e todas as mercadorias que tínhamos comprado, saíram com tranquilidade.

— Pronto, salão limpo. — disse Marcelo se escorando no balcão do caixa.

— E caixa fechado... — disse ao juntar as últimas moedas. — Todas as mercadorias pagas e, nosso lucro aqui.

— Separa o de cada um aí, amiga. — disse Jessica se aproximando. — Já tira o seu...

— Duvido, amiga. Eu sou ajudante aqui, os donos são vocês... Não mexo em dinheiro. — falei descontraída, enquanto a chamava com a mão pra vir até o caixa.

— Você é dona também, ne Mari? Ta tudo em casa. — Marcelo falou.

— Deixa ela, Linho. Ela gosta dessas gracinhas... — demos risada e eu saí, dando licença pra Jessica.

Papo vai, papo vem, enquanto ela separava as partes do dinheiro, acabamos decidindo um churrasco pro dia seguinte. Ou melhor, pra mais tarde.

Como eu ficaria na Jessica, tava tudo tranquilo. Tomei um banho morninho pra relaxar e deitei no sofá cama que já havia deixado arrumado, porque não sou nenhuma safada.

Apaguei. Acordei por volta das 13h e a Jessi já tinha descido, então, arrumei as coisas, botei uma roupinha melhor e fui pro quintal.

Marcelo já tinha ido no açougue, a carne já estava na brasa e tinha um pessoalzinho lá, uns eram amigos do namorado da Jessi, e também tinham nossos colaboradores do restaurante.

Fui até a cozinha pra ajudar a Jessica com a comida e fui surpreendida pelo César, que impedia minha passagem.

— Tá feliz agora né?

— Com o que? — perguntei sem entender nada.

— Tudo que eu fiz contigo, eu to pagando. E agora, ainda vou ter que te aturar com o meu irmão...

— Aí César, cresce, cara! — tentei passar pelo corredor.

— Admite logo, po. Sei que vocês tem saído juntos direto, tem caô não. Mas se tu tá pensando que ele é como eu... Ele não é não, ele é fraco. — debochou.

— Pra isso você não se faz de vítima, né? — estalei a boca. — O que eu faço ou não da minha vida, não te diz respeito algum. Ia ser maravilhoso ter um homem como o Marcelo na minha vida, mas infelizmente, eu tive você. Sai da minha frente, sai... — ele não queria sair. — SAAAAAI! — gritei.

— Qual foi, gente? Que que tá rolando? — o Marcelo apareceu.

— Veio atrás da namoradinha, né? — César perguntou em tom irônico.

— Que que foi, Zinho? — Marcelo respondeu e a tensão subiu.

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