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Assim que terminamos de jantar o relógio estava marcando 00:03h. Estava com muito sono e queria ir pra casa, mas assim que entrei no carro da Taylor ela me levou a uma festa.

— Está tarde, vamos pra casa. Acabei de chegar de uma viagem longa — falo sabendo que é em vão.

— Só hoje, se não gostar a gente volta — fala com seu jeito único de persuasão.

— Tá bom — bufo e sorrio logo depois — preciso avisar ao Atlas — falo pegando meu celular.

— Não se atreva. No Brasil deve ser tarde e sem contar, você não precisa avisar pra ele a todo canto que for — vejo ela revirar os olhos — nunca vou namorar, por esse motivo.

— Meu relacionamento com o Atlas é ótimo, só iria avisar caso ele fique preocupado — justifico.

— Ele te mandou alguma mensagem? -pergunta.

— Não — murmurou. Ia falar outra coisa, mas sou interrompida.

— Chegamos !

O lugar não parece ser uma balada por fora. Mas assim que entro, luzes caem sobre meus olhos e o som alto invade meus ouvidos.

— Vamos beber — não tento contestar , como fiz a noite toda.

— Vamos lá! — sigo ela até o bar  — Uma tequila — peço ao barmen.

— Melhor, queremos uma garrafa de tequila — pede Taylor.

— Se fosse pra julgar você por aparência, não diria que você é advogada — brinco.

— São minhas férias, preciso me divertir e você tinha que fazer o mesmo. Assim que suas aulas começarem não vai ter a chance — ela paga pela garrafa e me puxa até uma mesa vaga.

— Ok. Você quer se divertir? Vamos nos divertir — pego a garrafa de tequila e viro a metade na boca — porra — faço careta.

— É assim que se faz — ela pega a garrafa e vira outra metade.

Minha essência Brasileira acaba de ser acordada.
(..)

Estamos na quinta garrafa de tequila e mal consigo ficar em pé. Acabamos de comprar duas garrafas da pequena de tequila e vamos fazer uma competição. Quem virar primeiro paga a conta do bar.

— Um, dois, três, vai! — diz uma garota que conhecemos.

Viro minha garrafa em apenas dois goles e término. Taylor está quase no fim da bebida quando para e vomita.

— Merda — diz ela rindo e eu acompanho.

— Ganhei, vai pagar a conta — falo e me sento na mesa.

Minha visão está embaçada e meu corpo mole. Tento manter minha visão em um ponto fixo, mas é impossível. Me levanto e vou até o banheiro, mas antes que consiga eu caio no chão.

(...)

Minha cabeça dói tanto. Minha boca está amarga. E não lembro nada, do porque eu estar nesse estado, abro os olhos aos poucos mas não reconheço o lugar. Sei que estou numa cama e apenas isso.

— Seu primeiro dia na Alemanha foi agitado— diz uma voz masculina.

— Onde estou? — pergunto fechando os olhos com força.

— Na minha casa — responde a voz.

— Por favor me diz que não transamos — ponho a mão na testa e escuto uma risada.

— Por mais que seja tentador, não curto transar com mulheres fora de si — diz. Abro os olhos e vejo aquele rosto.

— Eu... eu te conheço?!- me levanto da cama e apoio minha costa na cabeceira da cama.

— Me magoaria se não soubesse — diz Trevor.

— Merda, merda, merda — falo rápido — como você.... merda — me levanto rápido, mas acabo caindo no chão.

Ainda estou  bebada, meu corpo ainda está mole e minha cabeça ainda está doendo muito.

— Como me achou? — falo ainda no chão, mas ele me levanta e me põe na cama.

— Descanse — e eu apago.

(...)

Two directions Onde histórias criam vida. Descubra agora