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- O que você quer? - pergunto, tentando deixar minha voz firme.

- Não seja grossa - ele sorri - Vamos, vou te levar pra casa - sorrio irônica.

- Acha mesmo que eu vou entrar nesse carro - aponto pro carro preto.

- Se te deixa mais segura, podemos ir andando - olho desconfiada - Me encontrem na casa dela - os homens olharam pra ele de forma duvidosa - Agora! - eles saem.

Começo a andar sem esperar por ele.

Quando estamos mais afastados da delegacia eu o olho.

- O que faz aqui, Antôni? - continuo a andar.

- Estava lhe ajudando ou você acha que saiu rápido assim por sorte? - paro e o encaro.

- O que você fez? - pergunto.

- Nada demais. Só falei com o delegado de forma educada - ele dá de ombros - Fiquei impressionado com sua capacidade de mentir. Você é uma boa atriz - ele sorri.

- Você não sabe de nada - respondo.

- Ah eu sei sim. Vi tudo de longe - ele sorri sem vontade - O homen pedindo pra que você o deixasse vivo, a pedra que você jogou nele e principalmente sua frieza ao cortar a garganta dele - ele olha para o corte no meu rosto - Você poderia ter deixado ele vivo, a polícia poderia lidar com ele e mesmo assim você o matou.

- Pessoas como ele não merecem viver - olho para o chão - E como você sabia que eu estava lá?

- Fiquei sabendo que você estava andando por aí sozinha, quis ver você de perto - ele pega uma mecha do meu cabelo e enrola nos dedos.

- Você é corajoso por andar sozinho, comigo - volto a andar sem dar muita importância - Acabei de matar um homem, oque me impede de te matar também?

- Você não teria coragem de me matar - ele me acompanha.

- O que você ganha com isso tudo? Eu não vou te ajudar em nada e muito menos ficar com você - parece que minhas palavras o atingem - Vai me sequestrar Antôni? - olho pra ele desafiadora.

- Ah, Anna, você me enlouquece - ele me prende em uma parede e aperta meu pescoço levemente com a mão - Adoraria poder te levar comigo, mas não será possível no momento - ele olha prós meus lábios. Bato no rosto dele - Que ingratidão da sua parte - ele me aperta mais.

- Está me machucando - dou um empurrão nele, que me solta - Aaron ficaria feliz em saber que você anda me espionando - continuo a andar.

Eu deveria está com medo, muito medo na verdade, considerando do que o Antôni é capaz. Mas não estou com medo, pelo contrário, não sinto nenhuma tipo de emoção. Talvez seja a adrenalina.

-Com certeza ficaria. O Trevor nem se fala - olho pra ele de canto - Oh, esqueci. Meu pobre primo está incapacitado ultimamente. Tantas coisas de noivado pra resolver - ele sabe que esse assunto me deixa desconfortável.

- Bem, cada um tem a responsabilidade que lhe é atribuída - finjo desinteresse - Trevor é o capo, ele tem a responsabilidade dele. Agora me diga, você gostaria dessa responsabilidade?

- Hum... Eu não sou de seguir ordens, como pode ver - reviro os olhos - Se eu gostasse de uma pessoa, me casaria com ela. Sem me importa com a responsabilidade - ele me olha com um sorriso malicioso.

- Que seja - dou de ombros - Essa vida de vocês é complicada demais. Não queria participar disso e se pudesse ter uma escolha, pediria que vocês me esquecessem - ele me puxa assim que minha casa aparece no campo de visão.

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