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(AVISO IMPORTANTE NO FINAL)

Sabia que o barulho de tiro não vinha da arma do Trevor, a que ele segurava na mão era pequena comparado ao que os outros homens seguravam.

A única coisa de que tinha certeza era que eu e Trevor acabaríamos morrendo.

Mas eu não sentia nada, além de uma fisgada forte no meu braço direto. Não me atreveria a olhar, até que não ouvi mais tiros.

— Ana! — gritou o Trevor — Ana, levanta — gritou ele mais uma vez, agora me segurando — abra os olhos— ordenou forte.

— Estou com medo — murmurei.

— Já passou, já passou — disse — vem, vou te tirar daqui — abri os olhos.

Me levantei e vi corpos pelo chão. As pessoas que tinham sido atingidas pelo vidro não estavam mais lá, assim como nenhum outro funcionários. Os corpos no chão era dos 4 homens que estava ao lado de Antôni.

— Seu braço — falou Trevor — que droga! — rosnou chutando algo.

— Vá, eu cuidarei disso — disse Jonh chegando perto de nós.

Não falei nada durante todo o percurso. Estava com medo e em choque, não sabia oque fazer, não sabia oque o Trevor era ou oque fazia e nem sabia como sair disso.

— Vamos! — falou parando o carro.

Sai do mesmo e acompanhei o Trevor. Vi que estávamos na mesma casa em que acordei no dia seguinte em que cheguei na Alemanha. Entrei pela porta e parei assim que me olhei no espelho da entrada.

A manga do meu blaser estava rasgada e o tecido que antes era branco, agora estava vermelho. Pus minha mão sobre a ferida, mas tirei logo em seguida.

— Vem — me guiou o Trevor.

Entramos em uma pequena sala no hall da casa. Era uma pequena sala médica, com paredes cheia de remédio, uma maca no centro e vários outras coisa que vemos em pronto-socorro.

— Senta — obedeci calada, sentando na maca.

— O que... com o que você trabalha?— perguntei fechando o olho ao sentir ele retirando o meu blaser — aí — grunhido.

— Desculpe — falou — vai doer um pouco, o corte foi fundo e precisarei dar pontos — disse — quer anestésico? — assenti.

— O que você faz?— repeti mais uma vez.

— Sou o Capo da família Alemã— falou aplicando a anestesia central no meu braço.

— Você... você é da máfia? — questionei ainda de olho fechado.

— Sou — falou.

— A quanto tempo? — pergunto abrindo o olho, vendo ele limpando a ferida.

— Desde o dia em que paramos de nos falar — disse trocando o algodão.

— Por isso parou de falar comigo? — pergunto olhando pro teto.

— Sim.

— Mas você só tinha 17 anos — falo.

— Ana, as coisas são complicadas. Minha vida não é mais a mesma e eu não sou mais o mesmo — disse ele — precisei me afastar de você para o seu bem e precisara permanecer assim. Por um momento pensei que poderíamos continuar nos vendo, mas depois de hoje não vou correr o risco de te machucar— falou se preparando para dar os pontos.

— Por que se afastar de mim? Eu estava no Brasil — digo.

— Porque eu estava gostando de você Ana e não poderia ficar com você — diz — quando eu completasse 18 anos ia para o Brasil, fazer uma surpresa a você mas as coisas não saíram como o planejado — falou por fim.

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