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No dia seguinte quando estava arrumando a sala vi algo estranho na parede. Estava um pouco encoberto por causa da estante, mas eu vi que era uma câmera.

Não olhei diretamente, pois se alguém está me vigiando não quero que percebam que sei sobre a câmera. Vou até o lado de fora da casa e pego meu celular.

Quando começo a discar o número do Aaron, percebo que aquele carro voltou de novo. Fico nervosa quando vejo que é o mesmo carro que o Antôni estava quando me ajudou na delegacia.

Guardo meu celular no bolso do short e ando até o carro. Bato no vidro do motorista.

– Não pensem em fugir - digo quando a pessoa liga o carro - Quero passar uma mensagem para o seu chefe - depois de um tempo o motor desliga.

Estou agindo sem pensar, eu sei disso, mas se eu quero seguir em frente e me concentrar 100% nos meus estudos, tenho que resolver esse assunto sobre o Antôni antes.

Aaron provavelmente vai querer me matar.

– Diga ao seu chefe que quero encontrar ele Sexta feira - digo o nome onde quero encontrá-lo - Até lá, não quero ninguém na porta da minha casa, entendeu? Se eu ver alguém me observando não vou me encontrar com ele e eu juro, se vocês voltarem aqui eu mato vocês. Você se lembra de mim, certo? Sabe do que sou capaz - digo para o homem no assento do motorista. Ele estava com o Antôni no dia que matei - Ótimo, agora saiam! - sorrio e me afasto. O carro some na estrada.

Respiro aliviada.

Não entro em casa devido as câmeras, então dou um grito pro Dylan e digo que vou dar uma volta.

Pego meu celular e disco o número de Aaron, que me atende no terceiro toque.

– Eu te amo, Anna, muito! - sorrio - Ainda bem que me ligou, você acabou de me salvar de uma conversa embaraçosa com a mãe da Petra.

– Eu te amo também e obrigada, mas o que tenho pra te falar não vai ser a coisa mas agradável - quando eu ia falar penso bem e mudo de ideia - Quando você chega de viagem?

– Talvez hoje a noite - ele diz - Por que?

– Quero que você marque uma reunião com o Trevor, Connor, John e todos que forem necessários para organizar uma missão - falo apreensiva. Nessa altura ja nem tenho mais unha da mão esquerda.

– Por que? No que você se meteu? - por que ele tem que ser assim?

– Não quero atrapalhar sua viagem. Se divirta, amanhã a gente conversa melhor e eu te explico.

– Anna, eu não vou conseguir me divertir se você não me disser.

– E você não vai se divertir se eu te disser - Rebato - Não se preocupe, eu estou bem. Amanhã falamos sobre isso, mas quero que me prometa que vai marcar essa reunião.

– Tudo bem, te mando o horário pelo celular - ele suspira.

– Certo, obrigada! E boa sorte ao voltar a falar com a mãe da Petra - rio.

– Estou nesse exato momento saindo pela porta de casa com a Petra do meu lado. Não vou ter esse conversa embaraçosa nem tem cedo - ouço ele e Petra rir.

– Ok. Conte a ela sobre você, tchau - desligo sem esperar resposta.

(..)

Me preparo para a reunião. Escolho uma roupa que vá passar confiança, mas não acho que vá passar muita coisa. Só escolhi essa roupa porque me deixa confortável.

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