Ando sem muita pressa pra chegar na casa de Aaron. Não sei oque ele quer falar comigo, mas parece algo urgente e de uma certa forma, estou evitando urgências.
Porém, não poderia adiar para sempre. Cheguei na casa do Aaron. Oque estranhei por ver que ele não mora em um condomínio fechado, como o Trevor e a Kayla.
Deixo meu carro de frente a enorme casa e ando até a porta. Antes mesmo de tocar a campainha, uma arma surgiu a cima da porta, como se fosse um tipo de sensor.
Diga seu nome - Uma voz robótica disse do interfone.
- Anna - respondi com cautela para não me mexer. Vai que essa arma atire do nada.
Pode entrar - A voz feminina fala. A arma some e a porta se abre.
Entro pela porta olhando para cima. Verifico se a arma ainda está na porta ou se há algumas outra coisa que posso me matar. Mas suspiro aliviada quando passo pela porta, viva, e ela se tranca a minha trás.
Olho ao redor dando de cara com um hall de entrada, onde só tem uma mesa de centro, com uma arma de decoração sobre ela. Reviro os olhos ao ver que o senso de decoração de Aaron é bem a cara dele.
- Quero que me explique duas míseras coisas - Aaron aparece com uma expressão nada boa.
- O que quer que seja, não me importo - encolho os ombros e sorrio pra ele.
- Não brinque comigo, Anna - ele anda e espera que eu o siga. Por mais que não me importe muito, ainda não quero morrer, então eu sigo.
Ele me leva até um escritório, fecha a porta e vai até a mesa dele. Aaron mexe alguma coisa no notebook dele e vira para me amostrar uma foto.
Uma foto minha, com uma faca suja de sangue nas mãos e um corpo de um homem aos meus pés.
- Parece cena de filme, não acha? - me jogo na cadeira de frente a mesa - Quem te mandou isso?
- Não importa. Quero que você me explique isso - ele parece atordoado. Não entendo porque ele está assim.
- Ontem quando cheguei de viagem, bem... Fui dar uma volta pela rua e me deparei com esse homem tentando abusar de uma garota. Tive que fazer alguma coisa pra ajudar a menina e ainda esse ser asqueroso ficou falando coisas para mim - dou de ombros.
- Você ajudou ela, matando ele? - ele parece estressado, chateado. Não sei ao certo.
- Isso! - sorrio, mas paro quando ele me encara - Qual o problema com isso? Não é muito diferente do que você faz.
- É diferente, Anna - ele parece impaciente - Você, você não é assim - ele aponta para mim - Minha realidade é diferente da sua. Você matou um homem e agora está como se isso não fosse nada, antes quando você atirava em alguém ficava com a consciência pesada, e agora você mata.
- O que você queria que eu fizesse? Olhasse ele estrupar menina? Chamar a polícia pra que quando eles chegassem a garota já estivesse sido abusada? - me levanto e olho pra ele - Por favor, me poupe disso. Eu fiz oque foi necessário. Pessoas como ele não merecem viver.
- E oque acontece com você? - ele realmente parece preocupado - se você fosse pega... Você seria presa e as coisas aqui são diferentes, você seria julgada como uma intrusa, por não ser da Alemanha. Isso não é o pior - olho confusa.
- O que é o pior? - pergunto.
- Você se acostumar com isso - ele vem para perto de mim -. Escute, você é boa demais para isso. Você tem que se formar e seguir seus sonhos.
- Boa demais? - sorrio erguendo a sobrancelha - e eu vou me formar, não se preocupe enquanto a isso.
- Me prometa que nunca mais irá pegar em alguma arma, ou matar alguém - Aaron me olha nos olhos.
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Two directions
RomanceAnna era uma garota quando conheceu o Trevor, seu melhor amigo do passado. Porém ela não sabia que Trevor guardava um segredo, segredo esse que ela só via em livros. Eles não se falaram por anos, mas o tempo deu um jeito de os unir novamente. Uma...