21

57 4 0
                                    

Atlas: Oi, amor? - falou Atlas assim que atendi o telefone.

Me levantei da cama devagar, não querendo acordar o Trevor, que no momento estava abraçado com a Bloom. Uma cena fofa e engraçada de se ver. Até tiraria foto, mas tem um ser me esperando na linha.

Eu: Oi, Atlas - falei sem ânimo - o que você quer? Não recebeu minha mensagem?

Atlas: Recebi, mas você não achou que iríamos terminar assim ou achou? - ele perguntou.

Eu: Assim como? - me fiz de boba, indo até a sacada do quarto e olhando para o céu.

Atlas: Por mensagem. Anna, namoramos a anos e você queria terminar por mensagem?

Eu: Não acho que você se importe, até porque desde que cheguei na Alemanha só trocamos mensagens uma vez - retruquei.

Atlas: Você não me procurou... - eu sorri irônica.

Eu: Eu deveria procurar? Vamos poupar tempo Atlas, nos não vamos durar muito com essa distância e você sabe disso - ele suspira.

Atlas: Você disse que íamos tentar, você prometeu. Por favor amor...

Eu: Isso aconteceu antes de você não ir se despedir de mim no aeroporto, isso aconteceu antes de você me mandar apenas um "oi" depois de ter sumido por dias, isso aconteceu antes de você ser um completo escroto - falei calmamente.

Atlas: Eu tive motivos para não se despedir de você e tive motivos por ter sumido esse tempo, mas amor, podemos esquecer isso e continuarmos juntos - falou.

Eu: Não importa se tem motivos, você era meu namorado e deveria estar comigo. Bem, pelo menos você admitiu que sumiu - eu suspiro- Acabamos por aqui Atlas.

Atlas: Anna...

Eu: Aqui são 05:00am e no Brasil são 01:00am. Estou exausta, então se me permite, vou desligar. - antes de que ele responda eu desligo.

Sinto um braço segurando minha cintura por trás e suspiro de forma pesada e fecho os olhos.

— Está bem? - perguntou Trevor, apoiando a cabeça no meu ombro.

— Apenas drama - disse.

— Terminou com o namorado? - eu assinto - Eu avisei - senti ele sorrir.

— Oh, obrigada pelo aviso voz da razão, na próxima talvez eu te ousa - ironizo.

— Não espero que tenha próxima vez - um sorriso involuntário para em meus lábios - Vamos fugir?

Me afasto de Trevor e o encaro incrédula. Ele me encara  da mesma forma e depois sorri.

— Não tem graça - bato em seu peito e ele me abraça.

— Tem sim - paro de bater e escondo meu rosto em seu peito.

— Você conseguiu ouvir a conversa? - ele assente.

— Meu português não é muito bom, mas deu pra entender oque você estava falando - diz - Não acredito que ele não se despediu de você, que otario.

— Isso não importa, acho que nunca gostei mesmo do Atlas - dou de ombros. Me solto do Trevor e me ponho de frente ao se corpo. Ele envolve os braços em minha cintura e eu ergo minha cabeça para a lua - Seria bom te ter por perto assim, todo dia!

— Seria... mas Anna - eu resmungo.

— Sei, acho que depois de hoje nunca vamos ter um momento calmo assim - ele assente e beija minha cabeça - A bebedeira passou?

— Estou com um pouco de dor, mas sóbrio, é oque importa - diz ele - Vamos entrar, está frio aqui fora.

Voltamos para dentro do quarto e ficamos deitados. Me aconchego no peito do Trevor e ficamos olhando para a parede.

— Você vai embora que horas? - perguntou passando minhas unhas pelo abdômen de Trevor.

— Está me expulsando? - ele me olha por cima.

— Não, mas Dylan vai chegar logo e queria evitar o encontro de vocês - falo - e também tem a Taylor.

— Taylor me conhece, você sabe disso - ele diz.

— Sim, conhece, mas ela não sabe que você é mafioso - digo e o olho - Você poderia ser advogado, você tem cara de um - ele solta uma gargalhada e eu sorrio junto.

— Oh porra, não. Eu odeio estudar - sorrio alto. Tapo minha boca pela vergonha.

— Nesse dia eu não estava brincando, você realmente tem cara de advogado - implico com ele.

— Lembra oque eu disse?  - eu assinto e falamos em unísson - Eu quero trabalhar com algo relacionado a esporte.

— Eu lembro - sorrio triste - tenho saudades - ele acaricia meu rosto.

— Eu também - diz ele. E assim ficamos em silêncio até eu voltar a dormir.

(...)

Quando acordei essa tarde, Trevor não estava mais na cama, então deduzi que ele já havia ido embora.

Me sentei na beira da cama e suspirei. Vi que Bloom não estava mais no meu quarto e desejei que o Trevor tivesse fechado a porta, porque a Bloom é esperta o suficiente para fugir. Mas eu escutei o latido dela, ignorei e entrei no banheiro.

Tomei banho, escovei os dentes e por fim vesti uma calça moletom com uma blusa larga, e fiz um coque solto. Então, fui direto para o andar de baixo .

— Bom dia, meu amor - pego Bloom no colo e a abraço - quem te deu comida? - pergunto vendo a vasilha dela com ração e na outra com água.

— Au! - sorrio e deixo ela no chão, que logo corre para comer.

Vou para cozinha, dando um grito de susto ao ver aqueles ombros largos mexendo no fogão.

— Que droga Dylan - falo pondo a mão no coração - não sabia que você tinha chegado.

— Boa tarde. Onde está a Taylor? - pergunta se virando.

— Não sei, não a vi desde ontem - dou de ombros - Foi você quem deu comida pra Bloom?

— Não, pensei que tinha sido você - ele me olha desconfiado. Engulo em seco.

— Ah sim, claro! Devo ter botado ontem e não lembro. Bebi muito, acho - uma mentira, pois nem cheguei a ficar tonta.

Dylan muda de assunto e termina de preparar nosso almoço, e assim que ele termina, nos dirigimos até a mesa comendo em silêncio.

Quando acabamos eu lavei a louça e fui até a sala, me deitando ao lado de Dylan.

Hoje era sábado e eu estava sem disposição para sair de casa hoje. Mandei uma mensagem para minha família e também uma para Taylor, a lembrando que ela tem casa.

Quando deu 16h o Andrei me mandou uma mensagem, me convidando para ir ver o treino de Aidan no qual ocorreria amanhã. Ok, eu estranhei o fato de Aidan ter treino em um domingo e cheguei a questionar Andrei sobre isso, mas ele me esclareceu. O arena de gelo fica aberto aos domingos, então só o Aidan vai treinar, ou seja, sem o seu time.

Andrei chegou a comentar que a amiga do Aidan também vai estar lá. O que me deixou bem animada.

A garota só era uma adolescente, mas muito legal e não era uma adolescente chata, se essa for a palavra certa. Quando encontrei ela pela primeira vez, ela foi super simpática. No começo tivemos dificuldade em nos comunicar, pois o inglês dela não era tão bom.

Nesse dia perguntei ao Aidan como eles se comunicavam e eu descobri que o safado sabe falar alemão. Não só ele, mas à família toda. Bem, Andrei ainda está aprendendo.

De qualquer forma eu aceitei o convite de Andrei, agora só esperar o amanhã, porque hoje não tinha ninguém capaz de me tirar no sofá.

(..)

Espero que gostem! ❤️🌹

Two directions Onde histórias criam vida. Descubra agora