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Dia 30 de dezembro, um dia antes da véspera de Ano novo.

Esse realmente foi um ano difícil. Tantas coisas aconteceram que nem sei como explicar. Por quê se alguém pedisse para eu fazer um resumo desse ano, não iria saber por onde começar.

Atlas me mandou mensagem ontem. Pediu desculpas por tudo e disse que estava com saudades. Tratei ele de forma causal e acabou que voltamos a ser os mesmos amigos de antes. Atlas ainda tem um carinho grande pela minha mãe e quando conversei com ele fiquei feliz ao saber que minha mãe tenha alguém com quem conversar.

Atlas sempre foi muito parecido comigo e ele estando lá, com ela, me faz achar que uma parte minha também está com minha mãe.

Tirando essa reconciliação repentina, as coisas estão indo bem. Não tive mais crises de ansiedade, Dylan passou mais tempo comigo e isso me ajudou com que não pensasse tanto no meu pai,  Lucy também tem vindo aqui em casa esses dias, nós três combinando como seria a festa de ano novo.

Não combinamos muitas coisas, claro. Já que o Lucy tem gente pra fazer tudo, mas conseguimos ajudar da nossa forma.

São sete horas da noite agora e eu estou esperando o Andrei chegar. Fim de ano e vai ter um jogo de Roquei e uma apresentação no gelo, da Sofia.

Procurei uma roupa que combinasse com a ocasião. Nada muito chique por ser um jogo de Roquei e nada muito simples por ser uma apresentação no gelo.

(Roupa na Mídia)

O carro apita e eu começo a sair.

– Tchau, se divirtam - digo pro Dylan e para a artista ( que até hoje não sei o nome)

– Tchau e cuidado - Dylan me manda um beijo e volta a atenção ao filme.

Saio de casa e ando até o Andrei que me espera fora do carro.

– Nunca vou me abusar de olhar pra você - minha adolescente interior faz com que meu rosto core com o comentário dele - Você está deslumbrante - beija o canto da minha boca e me abraça.

– Obrigada - dou um selinho nele.

– Preparada para uma noite inesquecível? - ele pergunta abrindo a porta para eu entrar.

– Sempre - ele sorri ao fechar a porta.

(..)

Chegamos a pista de gelo a alguns minutos atrás. Estamos sentados na área vip do ginásio, graças ao Aidan. Andrei e eu compramos algumas coisas na entrada.

Eu comprei um broche com a foto do time e também uma daquelas tintas para pintar o rosto. Andrei comprou dois moletons do time e uma miniatura do mascote.

– Vem - melo meu dedo indicador na tinta preta e faço um traço na bochecha de Andrei, uma de cada lado, com o outro dedo melo na tinta vermelha e faço outro traço, abaixo da tinta preta - perfeito!.

– Minha vez - entrego pra ele as tintas.

– Se eu ficar feia, eu vou pintar todo seu rosto - ele solta uma gargalhada.

– Impossível você ficar feia, mas não se preocupe, irei fazer uma obra de arte no seu rosto - reviro os olhos mas sorrio.

Depois que ele termina, eu me olho pela câmera do celular. Andrei realmente não fez nenhuma brincadeira no meu rosto.

Ao invés de um traço reto, como fiz com ele, Andrei fez uma ondinha de cor vermelha e preta na minha bochecha.

– Só mais isso... - com a mão limpa ele tirou o cabelo do meu pescoço e me deu um beijo molhado.

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