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POV Trevor:

Não era pra você ter mandado mensagem pra ela, antes de vir pra Alemanha — disse Theo.

— Eu sei porra — falo ríspido — como eu ia saber que tudo isso ia acontecer— dou um gole no Whisky.

— E porque você mandou mensagem ? - insistiu Theo.

— Ele sentiu saudades — disse Jhon rindo.

— Você não sabe de nada, então cale esse caralho de boca — digo dando outro gole.

— Então... por que mandou mensagem se não por saudades? — falou Theo rindo.

— Não é da conta de vocês e parem de falar da Ana. Eu errei em ter mandado mensagem pra ela e me arrependi de... — paro de falar e abaixo a cabeça sobre as mãos — que merda!

— Ele se arrependeu por ter falado com ela como um homem normal — esclareceu John ao Theo — sabe? Sem os palavrões e sem a ignorância — parou de falar.

— Eu não sou um homem normal — murmurei pegando meu cigarro.

— Claro que não, você é um et - disse Theo — você é um homem normal Trevor, só que tem uma realidade diferente dos outros — olhei pra ele que estava bebendo tranquilamente.

— Ele está certo. Você não pode se afastar das pessoas por medo delas... — o interrompo.

— Morrer? De acabarem com um tiro na porra da cabeça — olho pra eles — vocês sabem tanto quanto eu que ter uma vida feliz aqui não é possível — digo dando um último gole na bebida e me levanto do bar.

Ando até a saída, e um bêbado se joga em mim. Olho pra ele que está com um sorriso estampado no rosto, Pego minha arma e dou dois tiros no infeliz que cai no chão no mesmo momento. Escuto alguns murmúrios de surpresa e saiu do lugar.

Aqui todo mundo sabe quem eu sou, então eles não se metem comigo ou apenas evitam. Todos que estavam naquele bar, são bajuladores querendo ter uma chance de entrar na máfia e por isso ignoram todos os meus movimentos.

Entro no meu carro e começo a andar pela cidade. Minha cabeça hoje está a milhão. Cheguei ontem da Itália, conseguindo a aliança dos italianos antes dos turcos conseguirem. Tive que explicar tudo oque está acontecendo com o Antôni e o risco que ele está fazendo a minha Familie.

Os italianos são sempre coerentes com suas ordens e leis, e uma coisa que eles não toleram é a falta de respeito com a família. Então pra eles apoiarem a máfia alemã não foi difícil, por mais que eu deva a mesma lealdade que eles vão ter por mim. Quando eles precisarem a máfia alemã vai estar por eles e quando a gente precisar, a máfia italiana estará por nós.

Assim como todos os outros. Sempre tento ter aliados em pontos estratégicos e máfias que tenham recursos, assim como a alemã. Alguns países tentam fazer alianças com o país, por termos status e recursos altamente fortes, com vários homes e uma central de tortura própria.

O que foi o caso da máfia turca. Eles são apenas um grupo de homens com armas que estão desesperados para ter algum valor perante o resto da bancada.

A bancada é oque eu chamo, o grupo dos capo. Todos os maiores capo do mundo tem um espaço na bancada, onde uma vez por ano nos juntamos e fazemos uma festa. Alguns da bancada não são meus aliados, mas temos uma relação profissional e sem rixa.

Paro o carro em casa e vou direto para o depósito que fica logo atrás. Tiro meu terno e levanto as mangas da blusa social até o cotovelo. vou até o saco de pancadas e fico ali socando até meus punhos sangrarem.

— Que porra — xingo caindo no chão.

Encosto minha cabeça na parede e fico assim por um tempo, até que paro de respirar rápido. Me levanto novamente pegando minha arma.

— Teve um dia ruim? — perguntou a voz fraca de um homem preso.

— Não pior que o seu — olho pra ele e vejo seu rosto desfigurado. John fez um bom trabalho.

— Você é um capo. Eu sou apenas um traidor, não tenho nada a perder então não ligo se meu dia está uma merda ou não — falou rindo.

— Isso, eu sou o capo e você é um homem morto — atiro nele. O corpo dava pequenos pulos a cerca que os tiros o atingia.

O abdômen dele acaba com alguns furos e a blusa que antes estava apenas suja por pouco sangue, agora estava encharcada.

— Um mau dia pra me encher — atiro na cabeça dele e os meninos entram em seguida.

— Que porra, o cara já tá morto — diz John.

— Sinto muito, espero que tenha conseguido as informações que queria — falo friamente. Sem demonstrar nenhum tipo de reação.

— Para com isso — disse Theo segurando meu braço — você está parecendo um psicopata merda— falou com a voz alta.

— O que importa? — sorri — estou cansado. Mandem limpar isso — olho pro Theo — amanhã temos que resolver alguns assuntos— ele sai.

Ando até a porta e o John me para.

— Eu sou o segundo no comando e você vai me escutar — apontou a arma pra mim - depois daquele dia com a Ana você está mais doente do que nunca, e eu não estou afim de deixar meu amigo virar um maníaco sem emoção — olhei pra ele ainda sem demonstra nada — não me importo se você não pode ou não quer ficar com a Ana, na verdade isso não tem nada haver com ela. Só quero que você volte a ser o puto que era antes daquele maldito encontro — suspirou — você matou duas pessoas hoje sem motivo nenhum! — disse ele.

— Ele era um traidor — aponto com a cabeça pro morto.

— E eu iria cuidar dele como um traidor deve ser cuidado — disse ele — não com um morte simples e sem dor — eu sorri.

— Você é mais doente do que eu — me soltei dele — relaxa! — sai de perto dele e entrei em casa.

(..)

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