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Hoje é sexta feira. Marquei de dormir na casa do Andrei hoje, já que pretendo passar essa semana com ele.

Taylor chegou em casa comentando que iria passar a semana que vem na casa do John, como o Trevor tinha dito. Dylan falou que vai passar a semana que vem na cidade vizinha, fazendo a organização do evento, para o final do ano.

Não estou estou falando com o Trevor, e estou assim desde segunda. Ele foi um puta arrogante comigo, onde já se viu me obrigar a fazer algo?. Mas de qualquer forma, tenho me mantido ocupada.

Ontem comprei uma caixa de som no shopping e conectei no meu celular, deixando tocas minhas músicas brasileiras que estava com tanta saudade. Desde que cheguei na Alemanha, só escutei música brasileira uma vez.

Enquanto eu fazia faxina tocava pagode, MPB, reggae, eletrônica, forró e pop, menos funk. Gosto do Ritmo e da batida contagiante, mas não é meu estilo favorito.

Taylor me ajudou na faxina e curtiu as músicas. Dylan estava fazendo o almoço. A parte que mais gostei foi quando puxei o Dylan para dançar forró comigo, no começo o corpo dele estava tão duro que ia desistir, mas ele pegou o gingado e quase dava pra comparar ele com um brasileiro de verdade.

Agora eu estou no quarto, ouvindo uma música clássica com o volumo baixinho, enquanto arrumo minha bolsa para dormir no Andrei.

Pego duas peças de roupa íntima, pijama/blusão e short, um vestido longo preto -para quando eu voltar pra casa- e um vestido que vai até a cima do joelho, caso de emergência.

Em uma sacola levo minha havaiana. Sim, Eu trouxe minha havia. E pego também minha pantufa, da qual não uso, mas comprei pra parecer chique.

Numa bolsinha eu levo meus pertences de higiene pessoal, e só. Levo tudo na mão para o andar de baixo.

- Vai voltar pro Brasil? - pergunta Dylan ao ver minha bolsa.

- Estou indo dormir no Andrei, estou levando o básico - deixo as bolsas no chão e me sentei ao seu lado - Como você está? Faz tempo que conversamos.

- Estou bem - ele sorri -Desculpe, quero aproveitar o máximo que posso da Alemanha e a cada passeio que faço com a Taylor é uma foto nova, Com significado - ele me olha - Mas vou passar mais tempo com você, além do mais está perto de nos despedirmos - me abraça.

- Não diga isso. Ainda manteremos contato e vou fazer de tudo para que você e a Taylor vá ao Brasil - encosto minha cabeça em seu ombro - Além do mais, temos meu aniversário para comemorar esse ano.

- Certo, tinha esquecido - ele me olha - Pretendemos ficar loucos de bebida?

- De água? Claro - sorrio.

- Taylor vai fazer uma festa, você sabe né?

- Eu sei... mas talvez eu convença ela a fazer só um bolinho - ele me olha e revira os olhos.

- Não tente, vai ser em vão - sorrio pra ele.

- Seu aniversário já passou? - pergunto.

- Já, foi no começo do ano - diz.

Estou aqui : Recebo do Andrei.

- Tenho que ir - me levanto e ele faz o mesmo - Boa noite e até amanhã - o abraço e ele deixa minha cabeça.

- Eu te levo até a porta - olho pra ele desconfiada mas não protesto.

Ele pega minhas bolsas e sai comigo.

Andrei estava me esperando de frente ao porta malas do carro. Percebo ele engolir em seco quando ver o Dylan. Eles já se viram algumas vezes, mas o Dylan não foi muito com a cara do Andrei e como ele me vê como sua Irma, ele tem um cuidado maior com os homens que eu saio.

- Oi! - abraço o Andrei.

- Oi, estava com saudades - ele me da um selinho demorado, mas se afasta quando escuta Dylan tossir falso - Olá - ele estende ao mão ao meu amigo, que olha a mão do Andrei por uns 3 segundos e logo a segura.

- Oi - Responde seco - Anna, qualquer coisa me ligue - ele me abraça e se abaixa um pouco até ficar na altura do meu ouvido - Ele é estranho - diz e sai.

- Enfim, vamos? - olho pro Andrei com um sorriso exagerado.

- Vamos, temos muita coisa pra fazer hoje - ele guarda minha bolsa no porta malas e entramos no carro.

....

Autora narrando:

Antôni estava treinando no galpão que fica atrás da sua casa. Sem blusa e com suor pelo corpo, ele roubavas a atenção de algumas empregadas que ficavam ali, com garrafas de água e toalhas, prontas para servir ao seu chefe.

Antôni não reparava nelas, por mais bonitas que fossem, ele só pensava em Anna. Dando vários socos e chutes no saco de luta, ele descontava a raiva que sentia pelo primo e pelo homem que foi morto antes de cumprir oque devia.

Ele tinha pedido apenas uma coisa e mesmo assim o homem falhou. Mas para o Antoni o único conforte que ele tinha, era saber que antes de ser morto o homem conseguiu estalar uma câmera na sala da casa de Anna.

A câmera foi estalada em um lugar não muito bom, mas iria servir para escutar as conversas da Anna.

- Tenho notícias da Anna - o Edward fala entrando no galpão.

Edward era um dos homens confiáveis do Antoni, já que ele é filho do único homem que ficou ao lado do pai de Antôni na morte.

- Onde ela está? - pergunta parando e olhando para o amigo.

- Ela foi dormir na casa de um amigo - diz Edward.

- Que amigo? - Antôni pergunta com a voz neutra, mas por dentro o ódio que ele sente é imenso.

- Não sei, não deu pra saber - Edward omite.

O amigo do Antoni era quem apaziguava as brigas que ele se metia, e conhecendo o amigo, ele achou melhor esconder o nome de Andrei. Para evitar mais confrontos e mortes.

- Quero saber tudo sobre ele - ele da um soco no saco - Minha pequena vai me dar muito trabalho - sussurra e volta ao treino.

...

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