Two directions

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Acordei com um cansaço inexplicável hoje. Minha cabeça dói e meu corpo está praticamente petrificado, já que mal consigo mexer meus músculos.

Mexo meus braços e logo pego movimento no corpo. Me viro até o criado mudo e pego um comprimido para dor de cabeça, ponho na boca e engulo sem água mesmo.

Me levanto da cama acordando a Bloom junto comigo.

Entro no banheiro e faço minhas higiênes, só me vestindo logo em seguida.
Me sento na ponta da cama e pego meu celular, vendo que tem mensagens do Trevor e outra mensagem de um número desconhecido.

Vizualizo a mensagem do número desconhecido primeiro.

"Fiquei sabendo sobre o seu pai, sinto muito! Espero que fique bem"

Meu palpite inicial sugere que a mensagem é de Antôni, mas talvez seja de outra pessoa. Decido responder.

" Quem é?"

Envio.

Então vizualizo a mensagem do Trevor. Suspiro fortemente antes de começar a ler.

Li cada letra atentamente, com a respiração presa, quando li a última linha uma lágrima me escapou.

"Estarei aqui quando precisar de mim"

Apenas respondi isso.

Não quero entrar em drama no momento. Preciso focar completamente no meu pai e nessa altura não posso fazer nada pelo Trevor. Ele tem a noiva.

Bem, ontem o Andrei me ligou e eu fiquei TÃO feliz, que é difícil de explicar.

Como tinha dito antes o Andrei desperta um sentimento de calma em mim. Conversamos a noite inteira sobre tudo. Contei sobre o que aconteceu com o Trevor pra ele, oque me rendeu um boa surpresa ao saber que ele tinha ficado com uma garota.

Passamos um tempo sem nos falar, então não fico chateada por ele ter ficado com outra pessoa. Até porquê, não tenho esse direito.

No fim da conversa ele me desejou força e sorte para falar com o meu pai, e finalizou com um " Vou está te esperando aqui"

- Anna, estão nos chamando para o café - Taylor bate na porta do quarto e abre. Bloom vai até ela.

- Estou indo - dou um grito logo apareço na porta. A Bloom passa por mim e some nas escadas - Está radiante hoje! - minto.

- Obrigada pela tentativa - ela ri falso - Estou sem paciência para o dia de hoje, simplesmente só acordei, fiz minhas higiênes e troquei de roupa - ela se olha enquanto vamos para a escada.

- Isso é saudades do John - brinco.

- Não é! - ela afirma - Só não estou em uma boa manhã, logo passa - chegamos na cozinha.

(..)

Entre o intervalo do café da manhã para o almoço, fiquei em casa com o meu pai. Minha mãe, Taylor e Brenda saíram, com um tradutor ao lado.

Subo o andar de cima indo direto pra varanda do salão, onde encontro meu pai deitado na espreguiçadeira olhando para o céu.

- O céu do Brasil costuma ter uma luz única - falo deitando na espreguiçadeira ao lado.

- Nada comparado ao céu da Itália - ele diz sem me olhar - No meu último dia conheci sua mãe. Estávamos na ponte de Rialto, em Veneza e o sol estava se pondo, ele estava refletindo sobre a água - ele sorri - Sua mãe estava um horror. A roupa estava toda suja de sorvete e o vento tinha embaraçado todo o cabelo dela.