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Chegamos em um lugar no qual eu imagino ser o quartel. Olhando por fora, parece ser um galpão, mas assim que entro vejo que é bem mais doque isso.

O espaço é enorme. Quando você entra, a primeira coisa que vê é um pátio, um pouco mais à frente tem um lugar no qual imagino que seja para treinar, porque escuto tiros e urros de dor vindo de lá, ao lado direito tem uma escada, que o Trevor me leva até ela.

Subimos e a primeira coisa que eu consigo ver é uma parede enorme. À direita se seguir em frente leva até uma porta, já se for para o lado aposto, esquerda, da para outro corredor com várias portas. Antes de seguir o Trevor eu olho para trás e vejo um homem saindo de uma das portas, ele tinha o cabelo molhado e uma toalha no pescoço. Imagino que seja os dormitórios.

- Vamos! - Trevor segura minha mão e me leva até o única porta do corredor a direita.

Trevor abre e entramos. Vejo o Aaron sentado em uma enorme mesa, com a cara de tédio. Já o John está conversando descontraidamente com o pai, o Connor está ao lado deles com o perna em cima de uma cadeira.

- Chegaram, até que fim! - disse Aaron.

- Bom dia! - falo mantendo a voz firme.

- Bom dia - John passa por mim e da três batidinhas em minhas costas.

- Sente-se - diz Connor.

A mesa em que eles estão é retângula, o Connor está na cadeira da ponta que fica de frente para todos, o Cárter está na cadeira à esquerda e o Trevor se senta na direta. Eu me sento ao lado do Aaron e o John ao lado do pai.

- Bem, imagino que você já sabia com oque se envolveu - Connor me olha.

- Sem querer ser rude, senhor, mas eu não me envolvi em nada - falo seria - Eu sei que vocês são da máfia, porém isso não diz que eu esteja envolvida nisso - Digo e ouso o Aaron soltar um risinho.

- Ok, Anna - ele fala e me olha sério - Sua história com meu filho é bem longa, estou certo? - fico vermelha, mas assinto - Não vou prolongar isso. Só quero garantir que oque você sabe seja mantido em sigilo. A máfia alemã está fora do rastro policial por anos, ninguém sabe quem somos ou por que parte da Alemanha estamos, e pretendo que as coisas se mantenham assim.

- Nunca faria nada para prejudicar vocês - olho pro Trevor e volto a atenção para o Connor - Imagino que o senhor saiba que não moro e nem irei morar aqui - ele maneia com a cabeça - Não tem com oque se preocupar, garanto isso.

- Gostaria de acrescentar que você foi muito corajosa ontem - Cárter diz e eu sorrio pra ele.

- Sim, concordo com meu irmão - Connor diz sem demonstrar nenhuma expressão - Porém, temos que conversar sobre sua segurança, Aaron - ele olha pro sobrinho que se levanta.

- Anna, você sabe que eu sou irmão do Antôni - concordo - Conheço meu irmão o suficiente para saber que ele não vai deixar barato oque aconteceu ontem.

- E o que isso significa? Ele vai ficar atrás de mim? - questiono.

- Ele é doente por vingança. Ele tem raiva do Connor por ter "tomado" o lugar do nossa pai no comando - ele faz aspas - e tem raiva do Trevor por ter tomado o lugar dele no comando - ele olha pro Trevor - Ontem as coisas só ficaram mais interessante pra ele. Você o afrontou e como ele mesmo disse, ele vem te estudando a anos. Não é seguro pra você.

- Tá, tem um doido querendo me matar, é isso?

- Matar não, ele vai tentar te usar para ter Oque quer - John diz - Não é seguro você voltar para a casa.

- O que? Não! Eu tenho meus amigos lá, minha cachorra, minhas coisas - falo olhando pro Trevor.

- Ele pode ir atrás de voce la, entende? - questiona John - pode por em risco a vida do seus amigos.

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