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No dia seguinte, depois do almoço Dylan e eu ficamos conversando por horas. Até, que eu me levanto apressadamente e corra até o banheiro.

— Você está bem? — pergunta Dylan na porta do meu banheiro.

— Estou. Perdi completamente a hora, eu preciso estar no curso a 40 minutos — fecho a porta no rosto dele — desculpa, preciso tomar banho.

— Precisa que alguém te leve? — pergunta no lado de fora, com seu sotaque.

— Séria ótimo! — ligo o chuveiro e entro.

(..)

— Você poderia me buscar? — pergunto envergonhada — não quero te fazer de táxi, mas estou sem carro e... — sou interrompida.

— Não se preocupe. Vou passear um pouco para conhecer o lugar, depois vemos um carro pra você — sorri.

— Muito obrigada! — jogo a minha bolsa sobre o ombro e corro para dentro.

O prédio é grande e me perco em algumas portas, mas encontro a recepção do lugar e vou até lá.

— Boa tarde, queria confirmar minha matrícula e me mandaram vir aqui hoje para saber como vai funcionar — falo para uma senhora.

— Oh certo — sorri simpática — qual seu nome por favor? — pergunta.

Falo meu nome e todas as informações completas que é necessária para achar minhas matrícula.

— Sua matrícula esta correta e feita. Quando você sair, na sua esquerda vai ter uma porta e lá vai ter alguns outros alunos. Um professor vai explicar tudo o que é necessário — ela sorri mais uma vez e me entrega um papel — Espero que goste do seu tempo conosco !

— Vou gostar — sorrio — obrigada! — saio da sala e vou até a porta que ela me indicou.

Dentro do enorme cômodo vejo 8 pessoas, tendo quatro meninas e o resto meninos. Claro, com minha chegada se conta ao todo 9 pessoas e 5 garotas.

— Boa tarde! — diz o professor sorridente apontando a uma cadeira — pode sentar, só estávamos esperando por você — sorrio de volta e sento ao lado de uma linda garota cacheada.

— Bem, as aulas de vocês só começaram semana que vem. Então hoje iremos nos apresentar e eu irei apresentar o prédio a vocês, para quando chegar o primeiro dia começarmos a estudar normalmente, ok? — diz o professor.

— Só seremos nós? — um garoto ruivo pergunta.

— Nessa turma sim! — ele assente — vamos começar pelos nomes. Você — aponta para a primeira cadeira da fileira.

— Boa tarde, eu me chamo Andréia e sou da Austrália — diz uma garota loira alta.

— Me chamo Pierre e sou da França — diz um moreno.

— Me chamo Joshua e sou da Alemanha mesmo — fala um loiro. O resto da apresentação foi rápido até chegar a minha vez.

— Me chamo Ana e sou do Brasil — todos na sala me olham com interresse, como se eu fosse de outro planeta.

— Que legal, nunca tivemos um estudante do Brasil no nosso curso — fala o professor sorrindo.

— Que bom, que estou sendo a primeira — digo e ele assente.

— Então pessoal, todos vocês estão aqui por um motivo, por uma paixão e principalmente por uma chance. Nosso curso oferece a melhor chance de criar um livro e ter sorte no ramo de trabalho — anda de um lado para o outro — vocês são de países diferentes, culturas diferentes, mas estão aqui para aprender a mesma coisa, literatura. — pausa — iremos passar 3 anos estudando e logo depois irão receber um diploma e blá blá blá — rimos em unison — não vamos falar do futuro agora, temos que focar no presente e é por esse motivo que peço que vocês respeitem uns aos outros e colaborem com os professores — suspiro — alguma dúvida? — silêncio— nenhuma? Tudo bem, vamos lá.

Ele nós guia até o lado de fora e começa a apresentar o prédio.

— Oi — diz a garota do México — meu nome é Angelina — se apresenta tímida.

— Oi, eu sei — sorrio simpática — você deve saber meu nome — ela assente.

— Ana, eu sei. Não sabia como chegar em você — sorri — as outras meninas daqui parecem ser metidas.

— É um pouco — olho de relance para a Andréia — mas não vamos julgar agora — ela concorda e ri.

— Gostou de algum menino? — pergunta ela quando entramos em uma biblioteca.

- Não, por nenhum e eu namoro também — digo.

- Oh desculpa — diz.

— Sem problemas. E você? Gostou de algum?

— Achei o garoto ruivo bem engraçado— olho para ele e vejo como ele é atrapalhado.

— De fato — sorrimos

(..)

Ao final da aula me despedi de todos os alunos de forma simpática e eles retribuirão da mesma forma.

Pego meu celular e mando uma mensagem para o Dylan, mas antes que consiga enviar vejo o Trevor na porta do prédio. Encostado em um grande carro preto, com os braços cruzados e óculos de sol no olho. A camisa social preta caiu bem sobre o corpo dele, principalmente com os primeiros botões da camisa aberta.

— O que faz aqui? — pergunto chegando perto dele.

— Vim te buscar — fala simples abrindo a porta do carro pra mim.

— Eu não vou entrar aí com você — fecho a porta e ele olha pra mim com deboche— e como sabia que eu estava aqui?

— Bem, você me falou e esse é o único curso da cidade — da de ombros.

— De qualquer maneira estou com raiva de você e um colega já vem me buscar — ele tira os óculos e me olha intensamente, com seus olhos verdes devorando os meus.

— Quem? O tal Dylan? — leva o rosto bem perto do meu e afasto.

— Sim e falando nele — pego meus óculos de sol e ponho no rosto — foi bom te ver, Trevor — e saio meio que correndo até o carro de Dylan.

— Ana eu não terminei — fala em tom alto.

Sorrio e entro no carro de Dylan que me olha estranhamente.

— Quem é ele? — diz dando partida.

— Ninguém importante — sorrio internamente.

Snapchat::

Fico feliz em saber que sentiu saudades (enviado)

Como foi? — pergunta.

— Foi bem legal — falo guardando meu celular no bolso — tem pessoas de vários países, e tem um garoto da França também — digo e ele sorri.

— Legal! — fala.

— Todos me olharam quando eu disse que vim do Brasil— sorrio tímida

...

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