I Alone (Pt. 2)

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Depois que Kai e Charlotte se separaram, ele começou sua viagem até Mystic Falls. Já tinham se passado 25 minutos e ele sabia que em breve estaria na cidade. A animação percorria por todo o seu corpo, a sensação era bem familiar com a que teve quando matou os seus outros irmãos. Com certeza era uma boa sensação para ele, e sempre que Kai se sentia desse jeito a sua vontade de irritar as pessoas triplicava.

-Já usou jeans skinny? -ele perguntou com aleatoriedade, quebrando o silêncio e pegando o celular em seu bolso. -É estranhamente apertado. E eu não entendo porque os jeans são apertados se os celulares são tão grandes.

-Eu realmente não sei o que te dizer, amigo -o motorista respondeu sem ânimo.

-Ah, Deus... -Kai dizia como se lamentasse, obviamente não era verdade. Mas como foi dito, sua vontade de irritar uma pessoa estava em alta. -Eu sou aquele cara, né? O cara que não cala a boca.

Ele fez uma breve pausa, mas logo voltou a falar.

-Eu odeio esse tipo de cara, eu sentei do lado de um desses quando estava esperando o avião -Kai apoiou seu braço sobre o encosto do banco da frente, para ficar um pouco mais próximo do taxista. -Falando em avião, você voou ultimamente? Por que o que é aquilo do líquido e ter que tirar objetos metálicos antes de passar pela segurança?

-Eles estão preocupados com os terroristas.

-Tá bom. Olha, lamento, mas... -ele apoiou novamente seu corpo no banco de trás. -Os verdadeiros terroristas são as pessoas que tiram os sapatos.

Era evidente que o humor do motorista não estava nada bom, mas se ele soubesse o quanto aquilo fazia Kai ter mais vontade de conversar e rir da cara dele... Com certeza ele mudaria aquele semblante.

-Eu sei que eu falo muito, desculpa -ele dizia rindo. -Eu passei muito tempo preso, olha, mas não foi uma prisão normal. Foi mais uma prisão especial tipo...

Antes que Kai tivesse a oportunidade de terminar a frase, o taxista estacionou o carro na praça do sul de Mystic Falls. Não conseguindo conter o suspiro de alívio por acabar com aquilo.

-Pronto, chegamos -o homem fala de forma rápida. -São 50 dólares.

-Tá bem -a voz de Kai continuava na mesma animação, então ele ergueu um pouco seu corpo no banco para tentar pegar o dinheiro em seu bolso. -Espera aí, é difícil pegar qualquer coisa em calças jeans.

Sua voz saia de forma despreocupada ainda tentando achar o dinheiro embolado em seu bolso, mas ele pegou uma nota de 10 dólares e entregou para o homem.

-Espera aí -ele disse para o motorista e continuou procurando, dando uma leve risada ao achar um chiclete fechado. -Olha só, um chiclete.

Ele o abriu e o colocou na boca, logo voltando sua atenção a procurar o dinheiro.

-Vamos, cara, eu não tenho o dia interior -o homem comenta com uma breve irritação em seu tom de voz.

-Peraí, eu já peguei -Kai desenrolava o seu fone de ouvido entre os dedos. -Eu acho... Acho que isso serve.

O taxista voltou sua mão para trás para receber o dinheiro, mas antes que desse conta sentiu o fio dos fones de ouvido se enrolarem em seu pescoço e o pressionar contra a parte superior do banco. Aquilo fez ele automaticamente ficar sem ar em seus pulmões, e suas tentativas de se soltar eram completamente falhas.
O fio era pressionado com força contra o pescoço do taxista, de forma que não era possível tirá-lo. Apenas sentir ele lentamente fosse o matar. E foram necessários apenas dois minutos para que ele ficasse completamente sem ar e morresse, para Kai finalmente o soltar.

Kai colocou os fones sobre o ouvido dele, podemos dizer que era uma linha tênue entre deixar a cena natural para ninguém ver sua morte ou apenas ironizar a situação.
Ele saiu do carro, e então passou pelo vidro aberto em que o motorista estava próximo ao morrer.

A Devil RomanceOnde histórias criam vida. Descubra agora