New Orleans

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Depois de algumas horas de viagem, Charlotte finalmente havia chegado a cidade de alguns velhos amigos.
Ela desceu de seu carro e caminhou calmamente pelas calçadas, observando a movimentação e parando de andar quando havia chegado a praça pública da cidade.
Não era do seu costume usar bolsas, ela geralmente odiava bolsas. Mas não sabia qual era a melhor forma de levar uma bolsa de sangue sem que ninguém visse.
Por alguns minutos ela se perdeu em seus pensamentos, já impaciente pela demora do homem que ela esperava.

-Você chegou rápido, amor -ele sussurrou no ouvido de Charlotte que no mesmo instante se assustou e colocou a mão no peito teatralmente, voltando seu olhar para o homem que riu de seu susto.

-Por Deus, Klaus -ela disse ainda com a mão no peito e em seguida riu. -Se você fosse um vampiro qualquer pode ter certeza que eu arrancaria o seu coração.

-Que sorte a minha que eu estou acima de todos -Klaus retrucou com sarcasmo, olhando para a morena com atenção. -Os anos 2000 caíram bem em você e eu achei que era impossível você conseguir melhorar.

Ele disse de forma descontraída, enquanto cruzava seu braço sobre o de Charlotte e eles começaram a andar juntos pelas ruas de Nova Orleans.

-Eu diria que você também está ótimo, mas isso seria aumentar demais o seu ego -Charlotte retrucou brincalhona e ambos riram. -Kol e Elijah estão bem? Não me diga que colocou outra adaga neles.

-Eles não te odeiam, se é isso que você quer saber -ele olhou para ela e lhe ofereceu um breve sorriso irônico, enquanto continuavam caminhando juntos. -Rebekah por outro lado te odeia, ainda não aceita que você ficou com os três irmãos dela e nenhum quer te ver morta.

Os dois se olharam e acabaram rindo, até entrarem juntos em uma antiga casa.

-Mas eu sempre deixei as coisas claras pra você -ela sorriu e se sentou em uma cadeira em frente a Klaus, colocando a bolsa de sangue e o colar Bennett sobre a mesa.

-É verdade, você sempre disse que seu coração pertencia a outra pessoa -ele disse com naturalidade e pegou a bolsa de sangue em suas mãos. -Ainda não teve sorte em encontrá-lo?

Charlotte respirou fundo e passou as mãos sobre seus cabelos de forma tensão, enquanto desviava seu olhar.

-O pai dele o prendeu em uma espécie de prisão mágica, você sabe que não tenho mais minha magia de bruxa, isso complica um pouco as coisas.

-E por que ainda não matou o pai dele? -Klaus perguntou de forma curiosa, sua amizade com Charlotte era de longo prazo e ele era um dos poucos que sabia sobre sua magia. -Ele vive em Portland, não é? Se você quiser, eu mesmo posso matar ele.

-Se eu pudesse já teria matado aquele bruxo velho -ela revirou os olhos, sem emoção. -Ele é o líder do Clã, se eu matar aquele bruxo todos os familiares dele morrem...

-Inclusive o seu namorado... -completou Klaus. -Você vai dar um jeito nisso. Você é Charlotte Salvatore.

-E você é Klaus Mikaelson -Charlotte voltou seu olhar para ele e sorriu. -Nunca pensei que iria viver o suficiente para ver você me dando conselhos.

Eles riram e se levantaram das cadeiras.

-E eu nunca achei que iria viver o suficiente para ver você se apaixonando por alguém -ele comentou com acidez, então colocou a mão em seu bolso e entregou para Charlotte uma joia vermelha como o fogo. -Boa sorte pra conseguir o que você quer.

Charlotte segurou a joia em sua mão. Ela conseguiu sentir sua magia, embora não conseguisse mais absorver ou praticar devido ao castigo de Joshua.
Mas ela ainda podia sentir, e aquilo era torturante.

A Devil RomanceOnde histórias criam vida. Descubra agora