Come Get Her

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Bonnie e Elena tinham perdido Caroline de vista e se separaram em Mystic Falls para procurá-la. A bruxa andava pelas ruas de cidade com o olhar atento e sentidos afiados, mas mesmo assim acabou se assustando quando sentiu uma mão em seu ombro.

-Calma, menina Bonnie -Charlotte ergueu as mãos como um gesto de rendição e acabou rindo. -Sou só eu.

-O que você quer, Charlotte? -Bonnie deu um passo para trás com desconfiança e uma pitada de medo. -Da última vez que você fingiu simpatia queria o colar da minha família, o que você quer de mim agora?

-Uma resposta.

Bonnie franziu o cenho de forma confusa.

-Que resposta?

-Depois que eu esbarrei com você na festa, Kai foi falar com você? -Charlotte manteve sua naturalidade como se falasse de um assunto que não a importava. -Eu perguntei isso pra ele e ele disse que não. Eu podia ter ouvido o coração dele pra saber se estava mentindo ou não, mas eu fiquei estupidamente distraída com os insuportáveis olhos azuis dele.

-Não -ela respondeu e encolheu os ombros. -Eu vi ele de longe junto com o seu irmão, e o Damon veio atrás de mim quando Kai saiu. Ele me disse que os dois estavam atrás de você.

Charlotte, secretamente, respirou aliviada ao saber que pelo menos Kai não tinha mentido para ela duas vezes. Não que aquilo aliviava a raiva dela, mas significava que a sua situação era menos ruim.

-Ele deve ter sido cruel com você no mundo prisão, não é? -a herege brincava com as pontas dos cabelos de Bonnie. -Eu já vi você olhar para trás e tremer mais vezes do que uma pessoa normal.

Bonnie não respondeu a princípio, apenas a olhou de forma dura e desafiadora.

-Eu não tenho medo de você -ela parecia estar tentando convencer a si mesma.

-Então por que a sua mão está tão trêmula? -Charlotte sussurrou com sarcasmo e se aproximou. -Mas não quero que você tenha medo de mim, não sou fã de rivalidade feminina. Mas eu preciso de você -ela dedilhou seus dedos pela bochecha de Bonnie, rindo quando a mesma virou o rosto. -Pode escolher vir para a mansão Salvatore comigo por vontade própria, ou por meio da violência.

A bruxa olhou para Charlotte com seriedade e seus lábios se abriram para poder recitar algum feitiço ofensivo. Mas antes disso, Charlotte segurou o pulso dela e começou a absorver sua magia.

-É isso que dá tentar ser simpática -ela debochou, ignorando os gritos de Bonnie e a puxando com brutalidade. -Se eu fosse você, torceria para a sua magia não acabar e você não morrer antes de chegarmos.

...

-Bom... Se sairmos daqui agora, vamos chegar em Nova Orleans em pouco tempo -Damon pegava mais algumas coisas e jogava na mochila.

-Aproveita e leva uma faca para o caso de eu precisar cometer suicídio -dramatizou Kai com sarcasmo.

-Acha que eu já não preparei isso? -Damon mostrou uma faca e sorriu cinicamente. -Mas eu não te culpo, eu também ia querer me matar se a minha namorada fosse ex de três vampiros originais e decidisse ir para o lugar que eles estão.

-Não vou reclamar, eu até que mereço isso e ainda estou com bônus por ela não ter me dado um soco.

Antes que Damon pudesse retrucar, os dois ouviram o som da porta se abrir. E então, Charlotte entrou pela sala segurando Bonnie pelo braço e a solta com um empurrão em direção a Damon e Kai.

-Eu sei que isso vai soar meio mesquinho... -Charlotte olhou para os dois, e em seguida voltou seu olhar para Kai. -Mas eu ia me sentir um tanto arrogante se fosse para Nova Orleans, e não te deixasse ter o seu pedido de desculpas.

A Devil RomanceOnde histórias criam vida. Descubra agora