Swim

1.4K 142 41
                                    

-Então, vocês vieram aqui porque o ascendente do mundo prisão está nas mãos de uma das bruxas de Nova Orleans? -questiona Elijah, bebendo um gole da sua bebida.

-Basicamente isso. Na verdade, a Charlotte veio fazer isso -Damon diz. -Eu e o Kai viemos atrás dela.

-Disseram que o ascendente está nas mãos de uma bruxa da Gemini, ela se chama Agatha Jones -Charlotte olha para Klaus e Kol. -Conhecem?

-Eu conheço -Kol fala. -Ela morava perto de um centro de magia vodu. Amanhã podemos levar vocês até lá.

-Isso seria ótimo.

-Então, Charlotte -Rebekah olhou para a outra, dessa vez tentando mostrar mais empatia. -Já sabe o que fazer quando ver a sua mãe? Agora que sabe que ela está viva.

-Na verdade não -Charlotte respondeu de forma amigável, até se esforçando para dar um leve sorriso para Rebekah. -Eu realmente não queria ver ela. Mas não acho que eu tenho muitas opções.

Um breve silêncio se instalou e Kai segurou a mão dela por baixo na mesa, talvez o fato de ela se sentir tão confusa naquele momento a impediu de soltar a mão dele.

-Quer ir conversar? -ele sussurrou para ela.

Para a sua surpresa, ela concordou com a cabeça. E os dois saíram para fora sem darem satisfações, não era necessário, provavelmente todos tinham ouvido.

-Desculpa, eu tô sendo imatura -Charlotte diz assim que eles chegaram na calçada. Sua mente dividida pela relutância em perdoar Kai, a abominação pelas suas atitudes e ao mesmo tempo a necessidade de ter alguém ao seu lado . -Eu não queria estar agindo desse jeito. Eu não sou assim, é irritante.

-Você não tem culpa, tem até um pouquinho de razão por querer fazer isso -ele sorri para ela para tentar gerar um pouco de conforto.

-Mas isso não justifica eu estar sendo imatura. Devíamos ter conversado sobre isso desde o primeiro momento, só que eu estou fugindo, fazendo joguinhos -ela desvia o olhar. -Eu tô com medo... Me sinto a droga da menina de 14 anos que era refém das vontades de minha mãe. Se ela estiver mesmo viva, não quero que isso aconteça de novo.

-Não vai acontecer, porque amanhã você vai achar o ascendente. O Damon não precisa saber, você pode fazer o que quiser com aquele mundo prisão.

-Não é como se dependesse só de mim, Damon e Stefan tem o direito de decidirem o que querem fazer -Charlotte o olha e respira fundo. -Eu vou dar o ascendente para eles fazerem o que quiserem, só que não tenho coragem o suficiente para ver ela de novo. É difícil.

Eles se sentaram sobre a beira da calçada, seus olhos vidrados sobre a movimentação deserta da rua.
Um breve silêncio reinou entre eles.

-Eu não ia esconder aquilo de você pra sempre -Kai começa a falar, sua voz calma e firme. -Eu achei que você ia se sentir insegura se eu te contasse logo de cara. Por isso quis falar com o Damon primeiro, depois eu ia te contar que queria falar com a Bonnie. Não queria atropelar as coisas... Mas me desculpa, eu não deveria ter escondido isso de você. Não vindo da pessoa que sempre me ajudou, e mesmo se você não me ajudasse... Eu teria ter sido honesto.

-Eu sei... -ela se sentiu melhor ao prestar atenção nos batimentos cardíacos dele e perceber que ele não estava mentindo. -Todo mundo tem direito a erros. Mas eu abomino mentiras, não mente pra mim de novo, isso é tudo que eu te peço. Tudo que eu te imploro, porque eu não vou aceitar mentiras de novo.

-Eu te prometo que eu nunca mais vou mentir pra você -ele segura a mão dela e deposita um beijo. -Eu pareço mais nobre assim?

Os dois acabaram rindo.

-Ser nobre não combina com o seu estilo -ela brinca com um sorriso no rosto, então o puxa para um abraço, apoiando sua cabeça no ombro dele com certo conforto. -Foi mal por ter sido tão irritante.

-Não foi irritante, eu merecia um pouco de rancor da sua parte -Kai respondeu a abraçando. -E desculpa por ter mentido pra você.

-E eu espero que você saiba que eu nunca ficaria com outro cara mesmo estendo com raiva e estupidamente bêbada -ela falou baixo. -São sempre ameaças vazias.

-Eu não vou mentir, isso me deixou mais aliviado -ele comenta de forma brincalhão e ri um pouco, se afastando do abraço e a olhando. -Eu amo você, vampirinha. Sempre você, e só você.

Ela sorriu e deu um beijo em sua bochecha.

-Eu também te amo, Kai Parker.

Capítulo curtinho, mas vou ver se ainda hoje faço outro.

A Devil RomanceOnde histórias criam vida. Descubra agora