Deal With The Devil

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Era manhã quando Kai apareceu pela mansão Salvatore. Ele assoviava, de forma descontraída, e andava em direção a cozinha.

-Cara, eu sempre esqueço como essa casa é grande -ele acaba rindo, então encontra Damon e Stefan conversando perto do balcão.

-Bom dia pra você também -Stefan interrompe, bebendo um gole de café.

-Foi mal, eu tô com fome, não tem como ser educado com fome -Kai puxa o prato de panquecas de Damon, e toma o garfo da mão do mesmo.

-Ei -Damon deixa uma expressão irritada se formar em seu rosto. -Foi por isso que eu arranquei a sua cabeça.

Kai deu de ombros. Damon lançou um olhar entediado, então colocou a massa líquida das panquecas sobre a frigideira e ligou uma das chamas do fogão.

-Desembucha, Kai. O que você quer? -o vampiro questionou, enquanto mexia cuidadosamente a massa com uma espátula.

-Quem disse que eu quero alguma coisa? -Kai retruca. Ele coloca mais um pedaço de panqueca em sua boca. -Talvez eu só tenha vindo visitar os meus cunhados favoritos.

-Você chegou aqui assoviando, cheio de piadas e bom humor -Stefan bebe outro gole de café. -É suspeito.

-Eu transei com a irmã de vocês ontem a noite, é claro que eu não ia ficar de mal humor -Kai diz com naturalidade, mas ao mesmo tempo com um tom sarcástico.

Damon e Stefan fizeram caretas, seguidos de grunhidos de insatisfação.

-Isso é traumatizante, dá pra você parar? -Damon encara Kai, com mal humor. E toma o prato de panquecas de mão dele, deixando outra careta se formar em seu rosto. -Idiota.

-Vocês que ficam se torturando desse jeito, todo mundo transa -Kai toma novamente o prato de panquecas.

-Você entenderia a sensação se você não tivesse matado todas as suas irmãs. É traumatizante -Stefan coloca a sua caneca sobre a pia. -E eu vou ir embora, não quero corromper minhas memórias puras sobre a minha irmã.

-Não, não, espera aí -Kai interrompe, antes que Stefan saísse. -A Charlotte pediu pra mim dar um recado pra vocês, foi por isso que eu vim. Óbvio que também tem o lance de visitar os meus cunhados favoritos e tudo mais.

Damon passou a mão pelo rosto.

-Desembucha, doninha.

-Sabe, depois de toda aquela história da Bonnie ter matado a Charlotte, e ela ter sido torturada pelo Cade pelos últimos anos. A irmã de vocês meio que decidiu que não queria mais correr o risco de ser morta, presa ou torturada de novo.

Stefan e Damon se entreolharam por alguns segundos.

-Por que eu acho que isso não vai acabar com nada bom? -indagou Damon.

-Depende. Bom pra Charlotte? Provavelmente. Bom pra sociedade e pessoas que vivem no nosso planeta? Uh, nem um pouco -Kai acaba rindo. -Mas voltando. Vocês devem saber que agora ela tem o poder sobre os mortos que são torturados no inferno, só que na teoria ela não pode absorver a magia do inferno e tomar pra ela. É um lance meio burocrático, sabe?

O herege comeu outro pedaço de panqueca, logo voltando a falar:

-Tá, resumindo. Ela quer quebrar as barreiras que impedem que ela absorva a magia dos seres mortos... Até que não tenha mais como alguém matar ou prender ela, e também que não consigam machucar as pessoas que ela se importa -Kai olhou para os dois. -Vocês tem algum suco na geladeira? Eu fiquei com sede.

-Espera aí, traduz o que você acabou de dizer -Stefan franze o cenho.

-É, ninguém aqui fala bruxês -completa Damon, desligando o fogão e jogando a frigideira na pia, ao ver que tinha deixado a panqueca queimar.

A Devil RomanceOnde histórias criam vida. Descubra agora