As unhas de Sybil batiam suavemente contra o braço de madeira da cadeira em que ela estava sentada.
Com a mão livre, ela pegou a sua taça de vinho tinto e bebeu um gole. A sensação de impaciência parecia aumentar a cada segundo.
"Charlotte Salvatore está atrasada."
A sereia revirou os olhos ao pensar que a herege não se importaria nem um pouco em ser pontual com ela. E a última informação dada por Damon acabava a irritando ainda mais.
Ela fechou os olhos e forçou um sorriso ao ouvir o som dos saltos batendo contra o chão por trás dela.—Está atrasada.
—Acabei acordando mais tarde do que o normal —diz Charlotte. —Ontem foi uma noite e tanto.
Sybil se levanta da cadeira, largando sua taça sobre a cadeira e se aproximando da Salvatore.
—Sobre o que você tanto queria conversa? —a herege indaga, observando a postura rígida da sereia.
—Sobre a sua patética tentativa de me enganar —Sybil ergue o rosto e encara os olhos escuros da outra mulher. —Achou mesmo que você ia ficar fingindo estar com a humanidade desligada e eu não descobriria?
Charlotte passou a língua entre os lábios, ainda encarando o olhar de Sybil e fingindo não ter se sentindo surpresa ou até mesmo um pouco ameaçada. Ela riu com escárnio e balançou a cabeça negativamente.
—Você é muito engraçada, peixinha —ela dizia em meio a risadas. —Por um instante eu realmente acreditei que você estava brava comigo. Mas não vamos perder tempo, sobre o que você realmente quer falar?
Sybil arqueou uma sobrancelha. Seu semblante totalmente sério e sem emoção.
Charlotte inclinou um pouco a cabeça para o lado e franziu as sobrancelhas.—Ah, qual é —ela virou o rosto para o lado e fingiu um ar de impaciência. —Você acredita mesmo nisso?
—Sabe, você não me deu muita opção —Sybil franziu um pouco a ponta do próprio nariz. —Damon Salvatore, seu doce irmãozinho, me contou uma história bem interessante.
A sereia deu um passo para frente. Charlotte teve que erguer um pouco mais o queixo para manter sua pose de superioridade em meio a aquela proximidade.
—Pelo que me disseram, você teve uma conversa bem interessante com Kai Parker —ela sibila. —Eu posso não ser uma vampira, mas sei que vampiros sem humanidade não tem conversas emotivas.
Foi a vez de Charlotte de erguer a sua sobrancelha esquerda. Ela abaixou um pouco a cabeça e deu uma leve risada nasal.
—Todo esse drama por causa de uma conversa? —ela mantinha aquele sorriso cínico entre seus lábios e de afastou um pouco. —Por favor, você mais do que ninguém deveria entender a necessidade feminina de brincar um pouco com homens.
Os saltos do coturno de Charlotte batiam contra o chão toda vez que ela dava um passo sobre aquele piso de porcelanato. Seu olhar percorreu pela enorme piscina azul, nada era interessante e eu ela nem prestava muita atenção ao seu redor, todos os seus pensamentos estavam focados apenas em calcular quais atitudes deveria tomar.
—Se eu estivesse com a minha humanidade ligada, acha mesmo que eu me humilharia tendo uma conversa sentimental com o meu ex que está transando com outra? Eu ainda tenho amor próprio —conforme as palavras saiam de sua boca, Charlotte questionava mentalmente se ela estava apenas mentindo para a sereia ou se estava se auto-criticando. —Não perde o seu tempo pensando em um monte de baboseiras.
Sybil olhava para Charlotte e semi-cerrou os olhos. Era irritante pensar que a herege não demonstrava um mínimo sinal que indicava se ela estava mentindo ou dizendo a verdade.
Mesmo assim, palavras não eram garantia o suficiente para algo tão importante.
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A Devil Romance
ФанфикKai Parker, a ovelha negra do Clã Gemini. Todos já sabemos da história de Kai Parker, o sociopata que matou toda a família... Mas na verdade a história é um tanto diferente do que pensávamos, apesar de tudo, Kai Parker já teve um amor épico, que o a...