The Salvatore Brothers Trio

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Charlotte Salvatore.

Meses se passaram e o início do outubro chegou.
Honestamente, a ideia do meu casamento com Kai estar tão próximo era algo maravilhoso e assustador. Mesmo que eu soubesse que nada mudaria entre nós, a ideia de um casamento me fazia sentir uma mistura de frio na barriga e borboletas no estômago (mesmo que eu nunca diga isso em voz alta).
De qualquer forma, pensar em sentimentos não foi o evento mais importante do meu dia. Não quando eu fui para me encontrar com Damon e Stefan e fui recepcionada com uma clássica quebrada de pescoço. Quando acordei estava no carro com os meus irmãos em uma viagem para sei lá onde. De acordo com eles, aquilo era uma despedida de solteiros no estilo Salvatore, ainda por cima tive que ouvir uma notícia nada acolhedora de que Enzo também havia arrastado Kai para uma despedida de solteiro "do jeito dele".

—Como se já não bastasse me sequestrarem, temos que ficar andando no meio do nada —reclamo, segurando uma mochila em meu ombro e desviando de alguns galhos de árvore. —Para onde nós estamos indo?

—Eu era só o motorista, o Stefan que planejou tudo —Damon retruca, bufando ao espantar alguma coisa de perto do seu rosto, provavelmente um mosquito. —Por mim nós três estaríamos em Las Vegas enchendo a cara, dançando e imitando aspiradores de pó.

Acabo rindo e balançando a cabeça com a frase de Damon misturado com o sorriso no canto do rosto dele.

—Damon, você tá noivo e tem uma filha pequena. Eu sou casado e tenho duas filhas. E a Charlotte tem uma filha e está noiva —Stefan caminha, ficando entre mim e Damon. —Nenhum de nós vai ir para Las Vegas beijar sete pessoas diferentes e encher a cara.

—Nós não tínhamos falado nada sobre beijar, só sobre encher a cara —Damon ergue as mãos.

—Ele tem um ótimo ponto —sorrio para eles.

Não demorou muito para Stefan parar no meio da clareira naquele bosque e colocar a mochila no chão.

—A maioria dos irmãos já saíram pra acampar pelo menos uma vez, em em todos esses anos nós nunca fizemos isso —ele se vira para encarar a mim e a Damon. —Acho que nós três deveríamos ter uma experiência normal e humana. Em um momento em que nós estivéssemos sóbrios o bastante para não esquecermos de nada.

Sempre admirei o fato de como Stefan sempre pensava em todos os detalhes com o coração. Talvez com uma pureza de alma que eu admirava embora não quisesse ser pura como ele.

—Você sempre tem as melhores ideias —mantenho o mesmo suave sorriso em meus lábios.

—Nem sempre as melhores —Damon provoca em um sarcasmo amigável. Ele se aproxima de Stefan e joga sua mochila no chão. —Mas dessa vez sua ideia foi a melhor. E aí, como nós começamos?

O sorriso de Stefan cresceu ainda mais, satisfeito com a nossa aprovação de seus planos.

—Lottie, prefere ajudar a buscar lenha ou a montar as barracas? —ele pergunta.

Certo... Por mais que o discurso emotivo de Stefan tivesse me animado a ideia de ter que fazer qualquer tipo de tarefa me deixava com completa preguiça.
Entre ter que sair em meio a mosquitos e outros animais para procurar pedaços de madeira seca ou ficar sozinha no meio de um bosque testando a minha paciência e montando barracas... Uau, duas opções péssimas.

A Devil RomanceOnde histórias criam vida. Descubra agora