A Devil Romance

Gangsta

Na manhã seguinte, Damon acordou primeiro do que todos quando Alaric ligou para avisar que ele não poderia se atrasar para o casamento, Ric ressaltou (umas seis vezes) essa mesma ordem, seu tom mostrava todo o nervosismo com a situação.
Damon se levantou, então acordou Stefan para que começassem toda a organização. Em seguida, ele começou a expulsar Enzo e Kai, alegando que já tinha aguentando os dois mais do que deveria.
No final, Damon fez um breve acréscimo dizendo que Charlotte podia ficar se quisesse, mas ela optou por ir embora com Kai, já que os dois tinham os seus planos.

E assim começamos o nosso dia.
O dia do casamento de Josette e Alaric.

...

Kai estava deitado na cama, folheando um grimório antigo. Ele queria fazer algo mais, talvez algo que envolvesse o sangue de Bonnie Bennett que estava guardado no freezer há dias.
Mas sua atenção foi tomada quando ele viu Charlotte entrar pelo quarto, enquanto bebia um suco de maracujá.

-Desistiu do bourbon? -ele ironiza.

-Eu nunca mais vou beber bourbon na minha vida-ela bebe outro gole do seu suco, vendo Kai rir dela. -É sério.

-Senta aqui -Kai se sentou na cama, apoiando as costas na parede e deu um tapinha sobre o próprio colo. -Vamos conversar.

Charlotte se sentou sobre ele , cada um de seus joelhos de um lado do colo de Kai. Ela cruzou seus braços ao redor do pescoço dele e o olhou. Os cabelos caindo sutilmente sobre o próprio rosto.

-Sobre o que quer conversar?

-Sobre nós, eu sei, é clichê -a mão direita dele pousou sobre o quadril dela e a esquerda subiu para tirar as mechas de cabelo do rosto dela. -Mas acho que depois de tudo que nós dois passamos, ter orgulho ou medo de mostrar vulnerabilidade não combina mais com nós dois, então... -ele sorriu, a olhando nos olhos. -Eu amo você.

Charlotte deixou um sorriso involuntário se formar em seu rosto.
Eles não distribuíam demonstrações de afeto o tempo todo, mas sempre tinham segurança sobre isso. A linguagem do amor não era por palavras, mas pelos sacrifícios (pequenos ou grandes) que faziam um pelo outro, se tratava da confiança.

-Eu também amo você -ela acariciava a nuca dele com as pontas de suas unhas. -Até mais do que deveria ser considerado normal.

-As coisas vão mudar para nós dois, você sabe disso -os dedos de Kai deslizavam sobre os cabelos dela, e ele a fitava de forma intensa. -Mas vai ser bom... Agora vamos terminar o que começamos há anos, e finalmente vamos ter uma eternidade toda pela frente. É meloso, mas eu só consigo pensar em como você mudou tudo pra mim. Eu te devo isso.

-Fala sério, Kai -ela olhava nos olhos dele, um sútil sorriso em seu rosto. -Você não me deve nada, estamos nisso juntos há anos... Você transformou cada parte de mim em algo tão bonito. Eu passei a minha vida toda morta, até quando eu era humana eu estava morta, mas você fez com que eu me sentisse viva de novo. Me fez ter vontade de viver, ao invés de sobreviver, e eu não trocaria isso por nada.

Kai sorriu para ela. Então, aproximou seus rostos depositando um beijo rápido sobre os lábios da garota.

-Quando isso tudo acabar... -ele sussurra. -Eu vou querer ficar a eternidade toda junto com você.

-Eu mal vejo a hora disso acontecer -ela sorri.

Charlotte inclinou um pouco seu corpo contra ele, então pressionou seus lábios nos dele. Dando início a um beijo calmo. Suas línguas se encontrando com lentidão e um toque de desejo, um suspiro de satisfação escapou durante um intervalo rápido.
Seus lábios se separaram e a respiração de Charlotte se pôs contra o pescoço de Kai, ele sentiu um calafrio quando a boca dela ficou contra sua pele, mas decidiu brincar com a mesma.