Because

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Após a sua saída da Mansão Salvatore, Charlotte usou seu sangue para fazer um feitiço localizador que a levaria até Stefan. Ela olhou para o mapa que a guiava até o Colégio de Whitmore, o que fazia sentido já que eles estariam em recesso, um bom lugar para um vampiro estripador sem humanidade matar as pessoas com discrição.

A garota adentrou pelo local. Seus passos silenciosos, os olhos e ouvidos atentos para qualquer sinal de movimentação. Ela caminhou pelo andar de baixo, pelo largo corredor. Até enxergar duas pessoas caídas no final. Charlotte se aproximou para observar quem era, então pôde reconhecer Alaric e Enzo.
Ela se agachou e colocou seus dedos sobre a artéria carótida do pescoço de Enzo, ficando um pouco mais aliviada ao ver que ele estava respirando. Ela se lembrou do Ric, então fez a mesma checagem.

-Por que o Enzo ainda insiste com esses planos malucos? -ela murmura para si mesma com um breve deboche e se levanta.

Charlotte parou de se mover quando ouviu o sútil som de um uma arma sendo engatilhada.

-E por que você ainda insiste em tentar bancar a irmã protetora? -a voz irônica de Stefan ecoou. Charlotte se virou para olhá-lo, então viu o irmão segurando uma espingarda de caça. -Damon não deu o meu aviso? Eu disse para você sair do meu caminho.

-Esse era o seu discurso ameaçador? -Charlotte olha para os lados, deixando um sorriso cínico se formar no canto do rosto. -Eu juro que esperava mais.

-Eu não sou o Damon, sabe que eu não me importaria em puxar esse gatilho -ele continuava apontando a arma.

Charlotte não deixou seu sorriso esvair. Ela ficou parada por alguns instantes, passando aquela sensação de apreensão para ambos.

-Motus -ela sussurrou, fazendo com que uma flecha de madeira jogada no chão fosse lançada contra o pulso de Stefan.

A espingarda estralou assim que caiu contra o chão, Stefan gritou de dor e em seguida tentou tirar a flecha do próprio pulso. Ele se agachou com rapidez no piso para pegar a arma novamente.
Mas antes que Stefan tivesse a chance de pegá-la, Charlotte deu um chute em sua mandíbula fazendo com que ele caísse novamente.
Ela se agachou e pegou a espingarda.

-Eu admiro a sua nobreza e compaixão pela vida dos outros, mas desligar a humanidade? Fala sério -Charlotte disse com sarcasmo.

Ela desarmou a espingarda, fazendo as balas de madeira caírem inutilmente sobre o chão.

-Olha, a vadia chegou -Caroline apareceu do lado oposto. -Que bom, podemos terminar o que começamos outro dia. Você não vai estragar a minha diversão por hoje.

A loira quebrou um pedaço do corrimão da escada emadeirada, fazendo com que uma estaca improvisada se formasse.

-Eu até diria que isso vai ser divertido, mas honestamente? -Charlotte se aproximava, a espingarda rodando em sua mão. -Você é uma vergonha para os vampiros sem humanidade.

Caroline colocou Charlotte contra a parede e enfiou a estaca contra seu ombro, a herege deu um alto gemido de dor. Logo, virando a espingarda em sua própria mão e batendo com força a arma metálica contra a cabeça da loira. Caroline gritou antes de cair no chão, sua visão turva pela pancada forte.

Charlotte tirou a estaca do seu próprio ombro, uma respiração dolorosa saindo de seus lábios, mas ela ignorou e não perdeu tempo em ir até a loira.
Ela enfiou a estaca contra a mão da vampira e a torceu, ouvindo o som da carne se rasgar e um grito sair da boca de Caroline.

-Dois contra um? Isso é jogo sujo, loirinha -a voz de Charlotte era composta por cinismo, e ela pressionou mais a madeira contra a mão da vampira. -Vamos, faz isso ser um desafio pra mim. Eu ainda tô pegando leve.

A Devil RomanceOnde histórias criam vida. Descubra agora