Castle On The Hill

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Mystic Falls -1852 (Flashback)

...

O pequeno Stefan Salvatore se olhava no espelho e resmungava com certa impaciência, enquanto tentava dar um nó em sua gravata. Damon entrou no quarto e olhou para seu irmão através do reflexo espelhado.

-Tá fazendo o que? -questionou Damon, colocando seus braços atrás do próprio corpo.

-Peguei uma gravata do papai para o enterro -ele respondeu ainda focado em arrumá-la em seu pescoço.

Damon deu um sorriso fraco e começou a tirar a própria gravata, enquanto se aproximava de Stefan.

-Ele vai tirar o seu couro se descobrir -ele virou Stefan, e em seguida se agachou na sua frente. -Vem cá, você vai usar a minha. Espera...

Damon passou o tecido fino com cuidado ao redor do pescoço do irmão para amarrar sua gravata.

-Já terminou o discurso? -questionou Stefan

-Ainda não -Damon falou com extroversão e piscou para ele.

-É um discurso importante.

-E eu vou terminar, Stefan.

-O papai disse que nós dois não podemos chorar -Stefan olha para o irmão e encolhe um pouco os ombros.

Mas os dois irmãos tiveram sua atenção tomada quando ouviram uma voz familiar adentrar no quarto.

-Porque o papai é incapaz de ter emoções humanas -Charlotte se aproximou dos dois e colocou suas mãos nos ombros de Damon e Stefan. -Vocês podem chorar se quiserem, não tem problema nenhum nisso.

Damon deixou um leve sorriso se formar e terminou de arrumar a gravata de Stefan.

-Isso vale para você também, Charlotte -Damon se levantou e olhou para a irmã.

-É... Mas não vou chorar -ela deu um sorriso fraco, não ia se atrever a dizer que não sentiria saudade ou luto pela sua mãe. -Não hoje.

-Eu também não vou -acrescentou Stefan. -O anjo da mamãe disse que tudo ia ficar bem.

-E quando foi isso? -questionou Charlotte, acariciando os cabelos loiros do irmão. E secretamente resistindo ao impulso de fazer uma comentário sarcástico sobre não conseguir imaginar que Lily tinha um anjo.

-Ontem à noite. No meu sonho... Ela me visitou -o garoto sorriu. -Ela visitou vocês também?

Stefan segurou a mão de Charlotte, Damon não conseguiu deixar de notar seu resmungar. Ele olhou para a mão dela e viu duas luvas finas cobrirem quase todo o seu antebraço.

-Eu e Charlotte não devemos ter visto -responde Damon de forma gentil. -É melhor você ir, Stefan, o papai já deve estar te esperando.

Stefan concordou com a cabeça e sorriu para os dois, em seguida saiu do quarto com rapidez.

-Bom... É melhor eu ir também -Charlotte pegou a gravata de seu pai que estava no ombro de Damon. -E você não vai usar essa gravata, é do nosso pai, então pode ter algum tipo de substância tóxica. Que ele não ouça o que eu disse, se não ele me mata.

-Deixa eu ver suas mãos -Damon a interrompeu e olhou com seriedade.

-Estamos atrasados e você tem que fazer seu discurso -a garota o ignorou e tentou caminhar em direção a porta.

Mas Damon entrou na frente dela e a impediu de andar.

-Charlotte, deixa eu ver. É sério.

Ela tentou ignorar Damon novamente e sair, mas ele segurou seu braço e puxou a ponta da sua luva. Ele viu o antebraço de Charlotte cheio de roxos e algumas feridas recém cicatrizadas em suas mãos.

A Devil RomanceOnde histórias criam vida. Descubra agora