A Devil Romance

Bad Romance

-Espera aí, deixa eu ver se eu entendi -Charlotte dizia recapitulando toda a história que Kai contou sobre o mundo prisão. -Você conheceu o meu irmão e Bonnie Bennett. Ela te passou a perna, deixou Damon escapar e no final de tudo você armou pra ela?

-Basicamente isso -ele sorriu para Charlotte, então viu ela semi-cerrar os olhos enquanto o olhava, como se tentasse adivinhar seus pensamentos. -Que cara é essa?

-Você ficou com Bonnie Bennett? -ela perguntou. -Tipo, 18 anos depois. Só você e ela estavam lá.

-Eu flertei com ela, nada além disso -Kai tentou achar as palavras certas para não atiçar um temperamento ruim em Charlotte, mas não deixou a chance de fazer uma brincadeirinha sarcástica. -Isso é ciúme?

-Para, eu não tenho ciúmes -Charlotte disse séria, mas acabou rindo. Então se sentou sobre o colo de Kai. -Aliás, Bonnie Bennett não é ninguém comparada a mim, eu não me sentiria nem sequer ameaçada.

Kai olhou para a garota e sorriu, segurando com uma mão, e com a outra ficou brincando com os cabelos dela.

-Cara, eu tinha esquecido o quanto eu fico parecendo um adolescente apaixonado quando fico com você -ele dá uma breve risada. -Mas é verdade, ninguém pode se comparar a você.

-Você parecia um adolescente apaixonado quando a gente se conheceu, mal conseguia falar comigo -Charlotte brincou com Kai, então acabou rindo ao ver ele fazer uma irônica cara de tédio e apertou a bochecha dele como forma de brincadeira. -Foi bonitinho.

-Fala sério, nem foi desse jeito, eu falei com você perfeitamente -Kai dizia de forma natural, então voltou a olhar para Charlotte e viu ela dar um sorrisinho sarcástico.

Em movimentos rápidos, Kai deitou Charlotte no sofá e começou a fazer cócegas em sua barriga. Ela tentava se encolher e as risadas saiam de sua boca sem cessar. Então, Kai acabava rindo também das falhas tentativas da garota de parar com as cócegas.

-Kai... -ela dizia com dificuldade em meio às risadas, sem conseguir completar sua fala.

Depois de alguns minutos, Kai soltou Charlotte então observou ela e acabou rindo ao ver ela colocar as mãos na própria barriga que estava dolorida de tanto rir.

-Isso foi cruel -ela dizia com a respiração agitada, então olhou para Kai que continuava rindo dela. -Muito cruel.

-Na verdade foi legal -ele tentava conter a própria risada ao ver as bochechas de Charlotte que estavam extremamente rosadas. E logo acrescentou. -Muito legal.

Ela cruzou os braços e tentou ficar com um semblante sério, mas logo acabou rindo.

-Sabe... Agora que você voltou, ainda vai querer a fusão com a Jo?

-É, eu quero -a voz de Kai tinha certa seriedade, mas continuou olhando para Charlotte. -Mas também quero saber o que você pensa sobre isso... Os últimos 18 anos não foram fáceis, e por isso eu quero saber se você concorda com isso. Porque você sabe que quando formos atrás da Jo, vamos começar uma pequena guerra.

-Você sempre quis fazer essa fusão -Charlotte apoiou sua mão sobre o ombro de Kai e deu um leve sorriso. -Eu te apoio em qualquer um dos seus planos, sabe disso.

-Eu sei -ele sorriu para ela. -Mas não quero te perder de novo.

-Não vai perder, porque dessa vez nós vamos conseguir -ela sorriu de forma encorajadora. -E eu fiz uma promessa de que ia matar toda a sua família na noite que te prenderam, então eu meio que tenho que cumprir minha promessa.

Seu último comentário saiu com sarcasmo, então logo ambos riram.

-Quando você viu que tinha alguém na casa achou que era o meu pai, ele machucou você depois que me prendeu? -os dedos de Kai passavam sutilmente sobre as pontas dos cabelos castanhos de Charlotte.